quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Trovilínea Caçadora de Puritanas Bonitinhas

Rompi com a poesia
olha que absurdo!
Já escrevi um monte,
e não ganhei um puto.
Desisti de insistir no erro
ser chato me custa uns dedos.
Parafraseio o meu alter ego
falo merda e desanimo seu medo
Ainda tenho metade de uma folha...
Um desafio com que me preocupar?!
A partir de agora: escrever e destoar.
Antes bastava ter inspiração
conter a respiração e estourar
Hoje não é tão simples
fazer valer sua atenção
pressionar minha cabeça ao bagaço
pra nos fornecer alegria sem utilizar nenhum
Chavão

Ensaio Arvoredo Versículo 2do

Copa
lá no topo de mim tem muitos galhos presos
sou morada de pássaros, insetos e sonhos, alimento todos
versar é para poucos, bom mesmo é prosear, jogar palavras ao vento
deixar no ar pensamentos,devaneios inúteis,porém belo movimento a se dedicar
nessa vida que já vai passar, e findar o sofrimento diário com o que nem dá
para imaginar solução, muito menos para a solidão, metáfora da brisa
que sopra baixa no pé do ouvindo, espalhando orvalho
permeando meus meandros, minhas doces ideias
vão se aninhando em pensamentos
únicos como folhas
atadas em redes
ligadas ao
Tronco
Eu nú
mais
forte
que a
morte
com sorte
esse
terreno
meu
alimento
onde
finco
minhas
eternas
Raízes
sou chão que me segura, terra que sustenta e os frutos deitados aos meus pés

Ensaio Arvoredo Versículo 1ro


Se fosses tronco
e as folhas
palavras
Uma frondosa copa te cobre a face
E no Outono é só você
O que fazer
nú e mudo
no mundo?
Suas raízes
as que te mantém de pé por tanto tempo
e mandam sumo pra longe
para as palavras te deixam mais belo
mas escondem a sua essência
(e tua cara de pau)
o que te faz forte e grande
tá de baixo da terra
onde ninguém pode ver
só você pode saber

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vagaluminosidade de Viela

É como se fossem prosopopéias saltando por de traz de moitas de alecrins. Camarões brincando de esconde-esconde enquando bombas de chocolate explodem em campos de bolinhas de gude!
Piões rodão e galopam em alazões imóveis, rumo ao forte...
A amarelinha que te leva aos céus de algodão doce e cheiro de pipoca com lascas de porcos rosadinhos.
Mamãe está na rua, procurando seus pintinhos enquanto um homem bate na porta de suas filinhas.
É PIQUE É PIQUE É PIQUE
cola polar, all star americano
Dolasi Jah Marrai Filidô, sô Rei!!!
Berros que o gato dá...
STOP!

...e um copo de pus

Essa estrutura às vezes me cansa
me sinto preso no verso
essa trova de repentina repetição
Vamos prosear mais, garoto!
Ficar atento aos movimentos
deixar os pêlos arrefecerem
depois do arrepio
(segura a tentação de rimar
e não dê um pio)
Duvido!
Sempre a mesma repetição repentina
Numa dessas provoco uma fratura exposta
palavras com as tripas pra fora
um horror!
ours concours no horário nobre
a novela continua
Me lembro de quando comia gafanhotos no café da manhã
tempo de bons ritmos
já dancei melhor que isso, sabia?
Penso, pouco pratIco, porém penso
dessa prática fúnebre nascem ásas
de galinha, que não levam a lugar nenhum
mas deixam os saltos muito mais legais
Já tentou planar depois de se jogar do 34 andar?
É uma sensação incrível
e tem gosto de banana.
Repeteco
te trouxe até aqui só pra confessar:
você acaba de ler o catarro de um poema!

Sélaba Pírola

Essa coisa de fazer poesia
tem lá a sua graça
um misto de tesão
com o de ser tratado como uma traça
Dai eu transo uma trama
desenrolo minha trança
Trato dos tratados
Torço por mudança
Trabaio feito um condenado
rimo sola de sapato
com o tostão furado
achado no meio do mato
E finjo que sou poeta!
Essa é a melhor parte
Sou um personagem astuto
tropego e sem rumo
de tudo que dá nimim.
(dessa aqui eu juro que me livrei)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Mudo, Calo-Me

Pranto de quem roga à noite
melhores idas
Vidas tropeçam em seus rabos
emaranhados em rabos alheios
Avessos a si, inclusive o outro
Buscas insinuantes confirmam:
saliência é o caminho certo
pro vazio
Esqueci dos motivos
e fui pra festa
vi lobos ratos,
cordeiros desavisados
(alguns maiores que a pele)
e eu nú.
Quero mais não...
o Sol me ajuda a levantar
e pisca cumplice
a Lua deve me esquecer
agora é Ele que vai me aquecer!

Metamorofo Limitado

Como copo vazio
cheio de vontade
de encher
de brindar como taça
Caio e quebro
com certa frequencia
meu barulho nem incomoda
Mas agora chega
Vou virar jarro!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Trilhas Fundamentais ou Jogos Antigos

Tradicionalmente incompetente, costumo pecar pela falta
de vergonha na cara, e me ponho a falar pelos dedos
às vezes acho que minhas veias artísticas estão precisando de uma ponte de safena...
muita gordura, pouco nutriente, e nenhuma astúcia
aquela que você não contava quando aparece
na última linha de um poema sem pé nem cabaço
o chapolin colorado!

Fazendo a Beiça

Lisura pura
antes uma bela punheta
que uma japa burra
Fico cá eu
no meu canto
a virilidade
no entanto
não se importa
etumece a piroca
a mente embolas
até que do pinto
a porra jorra
e vc percebe a merda que faz
deixando nos buracos vazios
de bucetas sem pau
a deliciosa dureza
de ser sempre só
entrando e saindo
fora e dentro de si
E isso é de foder...

Tradicionalmente Oblíquo do Avesso

Sarcasticamente observo
tudo pelo canto da boca
Lugar favorito dos falsos
sorrisos
de quem ouve poucas e boas
Tarados por diversão, eles avançam
Se aglomeram a rabadas pelo melhor sentido
Sentados, os acentos são agudos
Aprisionam suas bundas incendiarias
O desconforto da penetração constante
faz muitos reluzirem na fricção
Antigamente funcionava assim:
só brincava por fora quem sabia roçar
Hoje a infantaria dispensa a baioneta
e parte pra luta
de celular na mão e pés descalsos.
Bons tempos os vindouros, sabia?
Tudo é lindo e cheiraria a
rosas desbotadas
Se depender de mamãe,
metade cairia dura
e de pau no ouvido.


Parca Honestidade que me [cabe,


te devo uma cerveja bem gelada
e umas porcas desculpas
aposto que você vai querer ouvir...
travei uma pequena batalha
até passei do ponto
mas perdi
e saltei
ponto seguinte
fui pra casa.
a tempo de trombar com o Quintana
em plena terça
e levar
.......................................[uma surra!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Queimadura no Polegar

Catavento poderoso, síntese áurea do sublime
Cata movimentos sinuosos pelas tranças da menina
Se fosse outono, folhas secas moveria
Verso veraneio, carinho no centeio
Parado sem estar, surpresa ao chegar
Arrepia a nuca, cessa o suor
me fala no ouvido
promete um dia melhor...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Carbonários Sebosos

Cacos
Cacofônicos
Caquético
Carapicuiba
é longe
como o casebre d'eu
canto
cabisbaixo
carrancudo
cracudo ...
Camaleão
Costume de camuflar
cada eu
um cadin
cabe em mim
Cabide de personalidades
Cada uma num tom
Cadavérico
Como couve
e camafeu doce
amargo capim
nem tudo tem tempo
de espiar e ser
carcereiro
cada um na sua
capriche!
Cores, congruência
cavernas internas
não cabem em si
caminhos a correr
camomilas hão de florescer
comedido cenário consigo prever
cálido começo
caminho do fim
cresço
quem mais?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Museu do Azar

Ortomoléculas a jato!
Tiro de canhão
Esplosivários de segundos
por vias velozes
vias viárias
várias visões
virtudes, viscitudes
vatiavelmente vans
transportando isso tudo por ai
Vermelidades estatisando cruzamentos,
grafites exxxpresssando márte,
roletadas contando gente
Do líríco ao barro ôco
Da flauta à skol
acho cedo pro julgamento
Derrame metárgico,
interação lúdica entre
pontinhas de dedos capa(tá!)zes,
abstracionismo celulório e o caos.
Melhoremos:
)#18&?($ ( $#/2%4( )#"( ?#$?( ?#%(
Olha que merda da so de parar pra pensar...
E tem mais
A noite é funda
e na baia tem vários barcos.
Fala disso agora!
De que tipo de apropriação estamos tratando,
de sem terras ou do meu milhonésimo poema sem teto?
porem com bolas