segunda-feira, 30 de abril de 2012

Chatas Desinteressantes


Dançando no escuro
de olhos cerrados
perigas ver
de tudo, muito
menos o esperado
Apenas o de sempre
O cerrar das pálpebras
são como palmas
oferecidas à escuridão
Sacodem a festa
dos espectros de esqueletos
firmes e flácidos
tácitos, se espalham
Esbarrar é necessário
dançar não
se envolver no tecido
das emoções
perigoso
Lembre-se do breu
teu
onde sorrisos e carinhos
transformam o cego
em réu confesso
Bailamos todos!
Preencher os espaços sombrios
com passos tardios
coreografias, vazios sonoros
pés que se arrastam
colados com calçados ímpares
Nunca serão pares...
Até o momento
o sinistro está a contento
enquanto as trevas ocupam
os cômodos do teu âmago
choroso e triste
festeja migalhas
pois não há
luz
que faça tudo
ver, significar, clarear
a escuridão do lugar
Interruptor florescente
se faz presente
ao meu lado
mais ainda não posso
cometer esse ato:
o suicídio da escuridão
Há de ascender!

domingo, 29 de abril de 2012

Concluente

Não,
não sei lidar com as pedras de Drummond
Não enxergo as cores de Mondrian
Não sou valente como Gengis Khan
Não faço canções como Djavan
Perco todos os jogos no Maracanã
Estaria na revolução de Lúcifer
mas seria tão traidor quanto Judas o é
Engraçado como Woody Allen
neurótico e inseguro demais para dar no pé
Burro como um texugo
Lindo como a Regina Casé
Nas palavras eu me escondo
sei bem como é que é
finjo talento absurdo
mas não passo de um mané!

Ganhos e Pétalas

Drastica mudança de planos evitam proveitos
odiosos
Desde os primórdios os manés se endireitam
em certos casos
Tantos movimentos em prol do nada
culminam em rugas e rusgas
Tu estás sem nada!
E vai parando aos poucos
de conseguir conquistas
de merecer as pistas
de um caminho formoso
pra dentro de ti
E tu insistes
e segue
mambemde e claudicante
tropeça e voa
Os abismos aumentam as dificuldades
passar para lá é pica!
Não deixe de encher os pulmões antes de sofrer!
Findos horizontes justapostos
a sonhos idosos de rostos
mofo malcheiroso
do fundo da esperança que rega
o parâmetro sedoso da inércia
Façamos como os outros
quando não pudermos mais ser nós mesmos
dando como morto
o fugaz sentimento de consolo
de que nos reiventamos para sermos
cada vez mais
tolos!

sábado, 28 de abril de 2012

Arpexis Lavado

Remoinho o pior de mim
redescoberta frase
O quinhão ou o pior
Dentro
D'Eu

Dentro de mim o pior
Saruê!
Olha o tenor
Berra trova em dor menor
Ai de mim
pormenôr
Rotina cheia de gelo
Desmembro frutífero pomar
forma dor
só dor
nemesmo
Martir!?
quem me dera
Sigo a do eixo
Angústia salta do peito
Mordaça a despeito
Eu .
Sou

Meu
Tratado de dor des illes
 na beira do mar
a chorar
vai faltar
muito
pra isso passar
daqui pra lá
há muito
afago
pra se afogar...
.
.
.

Forbes

Inimigos
será?
Som com duto
de ar
Ares que signos não são
Fora do cabimento
mentolado sabor
respeito mútuo?
Nunca mais!

Dolores Sanfona

Desacredito
Acredito
Desacredito
10 acreditos
Desacredito
Acredito
Desacredito
Não acredito!
Sim, acredito.
Não a cre di to!!!!
Credito
ao verbo
ao confiar
ao sentir
sem sentido
até quando?

domingo, 22 de abril de 2012

Dar-me Imolação

Das pesadas albuminas do prazer
aos inventos ideológicos do tesão
Tudo vira pó
Frutífero pensar, constantemente
mudando de direção as vontades
de intenção as saudades
matando de sede novos rumos
Sintetizo mau agouro em pílulas
ternas e fofas
de grosso calibre
imaginando como seria se fosse
livre
O voo da garça marca
o início da farça
sem máscara
tudo fica sem graça.
Na dúvida entre o certo e o errado
nada faça!
Chute o pau da barraca
chame o policial de bunda mole
e disfarça
sai de fininho
pro lado de lá da praça.
<->
Porquinha quando nasce
fica cheia de ilusão
Parafuso quando enrosca
enche a porca de tesão!

sábado, 21 de abril de 2012

Jeito EssE

Que poesia ler
dizer, fazer, comer, morder, sorver
sobrev...oar
aqui
pra vocês
agora
?
Antes fosse na escola
bem cedinho
primeiro soneto aos 4 anos de idade!
fazendo haikai aos 7, com uma velocidade...
Recitar e poetar
Poetar e recitar
Criar, fantasiar, comunicar
Chorar, envergonhar, maltratar
Sorrir, gargalhar, exaltar
Amar
Poesia