sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Doce Cusparada

Essa pétala de rosa
lidera a beleza do botão
Quando abre em sorriso
me faz amar em prosa
Negra cheirosa
lembro de escorrer pela sua pele
te amar pelas costas
teus cachos meu ninho
doce feito amora.
Meu pedaço de bem viver
a distância não faz
menos querer
te faço um convite
daqueles que não dá pra recusar
me manda um afago pelo vento
que nunca mais
deixo de te amar...

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Como Fraturar Matuto e Mastigar Capim

Dá-me a dureza da rosa
a beleza da rocha
o fluxo do rio
e o voo do passarinho
Tetos humildes
servem de abrigo
Move-me num redemoinho
passa seu mel adiante
reparte a alegria
de jogar amarelinha
sem nenhum calo no pé
Endireita teu sorriso
engoma o amor
ajeita a gravata da tua ética
mas esquece a moral internetica
aqui, para satisfazer o teu belo Eu
se não fores desapegado
ou até mesmo desastrado
verás nada, só breu.
Vem, brinca no play
desce o tabuleiro
enche a bola
arruma o cabresto e faz rabiola
hoje é dia de morrer feliz!
o sentido?
você dá e depois me diz...

Saída 31-12

Falta pouco, menos dois
zero indica estafa, ou início
cada dia como bate estaca
o peito já tira de letra
uma antes, outro depois
e no meio?
Bota fora todo apego que tens
deixa de julgar, isso te afasta do mar
de A maiúsculo, deixa o abraço rolar.
Movimenta teus sedimentos
se prepare pra mais aborrecimentos
tu tens o dom dos tons sustenidos
mas não hoje.
Diga que dô u Z
em troca do on do Zé
Aos outros, um passeio nas nuvens
já vieram e já foram
deixaram saudade como se nunca
tivessem sido qualquer coisa
além de memória desse algum homem.

Monty Fugi

Eis o momento do vazio
sussurro escandaloso transgride
o pranto do solitário
de sorriso amarelado
como se fosse o último
dia de carnaval.
O barulho é uma beleza
brilho seco, natural que seja
pormenor ignorado
pêlos arrepiados
brisa quente de outono gelado
Mosquito, atrapalha o sono
zumbido dissonante do meu pequeno amante
faz pensar, e voar, e irritar
de fato sarar
ansiedade na hora errada
rima tímida, cheia de sarda.
Talvez no momento correto
de recriar a torre demolida
use abstração em vez de concreto
para melhor levar a vida.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Carcará

O voo do Carcará
Um novo horizonte a se alcançar
Precauções devidamente ignoradas
movidos por sentimentos que não valem quase nada
afia o bico e pode zarpar
Porradas e turbulências hão de causar
feridas profundas
difíceis de curar
Pra isso tua arma é a divisão celular!
Fabricam cicatrizes pra parar de sangrar e pra depois te mostrar
que cada corte vem pra fazer pulsar e movimentar.
O voo alto do Carcará
Não lamento o tormento de amar
vaselina em momentos certos poderia ajudar
mas quem disse à vida, pode parar?!
Ela manda, faz manha, te diz Apanha!
e depois te faz carinho e dá de mamar.
Corre tua esteira de bobeira
o trator há de passar
Mastiga goma de raiva até o doce cessar
arranca do chão o grão pra lá na frente semear,
todo porém vem de um não que o coração não consegue processar
Beleza já foi depressa antes mesmo d'eu começar a trovar
Faço cara feia a cada letra que minha mão insiste em mandar os dedos teclar.
Merece um pouco mais de respeito
o voo do Meu Carcará!

Do que hablo AK-47? dES Abafo

Como se fabrica a auxência de carinho?
Teimo em pensar como algo q te faz feliz por anos pode, a uma breve lembrança, te entristecer por mais outros bons anos vindouros.
Todos os sorisos, tristezas, festas, rodas de amigos, lugares, cores, cheiros, sussurros, confidências...todos devidamente apagados, censurados, lembranças que despertam dor, raiva, vontade de nunca ter partilhado isso com akele alguém....
Essa angústia está a 1 mês de fazer 1 ano. A personagem, a 2 dias de fazer 24 anos.
Eis o melancólico discurso do fracassado coração vadio que pagou por muito errar. Eis arregaçado o peito do dono do mesmo coração q ainda espanca a caixa toráxica, com muito querer por amores futuros e muita esperança em ver sorrir novamente o amor do passado.
Luciana, aonde quer que esteja, eu te amo!
Viva a eternidade dos amores, que mesmo sós, ainda despertam sentimentos que fazem ser humano.
Viva cada lembrança doce de dias tristes ao lado de quem se ama.
Celebro a felicidade de hj estar triste por alguém q se foi pra ser mais alegre longe de mim.

- desabafo de pretenciosa carência, um grito mudo no meio da virtualidade de multidões de corações inquietos e angustiados, um soco no olho de quem faz galhofa do ridículo estado humano da gélida pós-modernidade internética.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Bolero do Abrindo Botas

Deixa eu ocupar esse cantinho?
Fazer canções bregas
pra entoar no alto do seu ouvido
Dentro em breve vou partir pro infinito
sem escala ou passagem de volta
só uma trouxa de sonhos e muita mariola
Traço planos mirabolantes
sem vontade de antecede-los
Espero pra cada dia uma boa boça
festejos e muito estalinho
Brusca mudança me assola
pros 30 faltam apenas uma boa hora
e dobras de ventos quentes
menos virulentos e coloridos
como rabiolas
Minuto de silêncio
chegou a hora
aceno discreto
vou em mim dar uma volta.

Meu Mar é Ser Tão

Teu riso
sentido
Fala tua
maneirismos
Devaneios
meu íntimo
Sonho contigo
assovio
Brilho contido
raio de sol
Seus olhos
meu faról
Talvez no teu colo
farei abrigo
Inteligencia
meu maior vício
Companherismo
fácil ser marido
Mulher
menina do rio
Lava teus pés
deixa o resto comigo
Escuro do não ver
arremesso-me no abismo
No teu ser
quero viajar
e nunca voltar
a ser sem você
no meu incerto
caminho do viver.

Tomando Jeito em Copo Americano

De todas as sinceridade que habito
essa é a mais certeira
Nódulos opressores
me fazem escapar as letras
Difícil conjunção de pensamentos
sentimentos
movimentos
desalento.
A flor do humor de cada dia.

Da Ave o Mito

Já foi tempo certeiro de idas e fugidas
Tropeços contundentes regados a feridas ardidas
Fatalmente fui manco nas vontades e santo nos desejos
Gorgeador fanático, sempre pulei as grades do berço
Nada nelas nublou naturais nuances
menos racionais, mais salames
Os embates foram muitos nos campos de sabão onde bolhas eram certezas de novas angústias
Hoje sempre fico só na varanda dos meus pensamentos
soprando a fumaça do cigarro enrolado em papel de cetim
recheado de movimentos que em mim fazem morada breve
nem morte ou vida se atrevem a macular tanto amor
Motivos não me faltam pra falar de ti, óh rouxinol metálico
saiu dos longos fios do cabelo o aroma de uma nova esperança
a possibilidade de enfim viver a abonaça a tanto desejada
A calmaria doce de raios fortes e chuva apertada
Desnudo estou outra feita na frente de todos!
Fato verídico na vida de sonhador
é pensar pouco e sentir mais amor
Proclamo você, rouxinol, o agitador das águas de mim!
Será que voarei ao teu lado
ou a satisfação virá somente de ouvir teu canto
sem muito encanto ao falar de mim?

Pouco Porém Potro Selvagem

Há certeza
A idéia é fixa como raíz na terra
Mas o que fazer? O medo imperra
o ímpeto voraz se esconde atrás da pedra
que já foi meu coração
derretido como uma vela
pela chama acesa por ela
Rapaz, tenha cautela!
Eis o furor de outrora
doença sadia, o meu corpo inebria
sem dia pra ir embora
Confiar no destino é meu caminho
faço pouco, demonstro carinho
preferia gritar a falar baixinho
porém tudo certinho, cada palavra no seu lugar
seria bacana te mostrar o mundo bom da gente junto
de mãos dadas a passear
pelas abstrações e divagações
se beijando a cada frase
sem receio de sufocar
apenas carinho, sentir a face corar
e dividir
a delícia de viver como um casal bacana
curtindo antes, durante, depois
e das amarras mundanas
se libertar!