segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Morte e Dia Sereníssima

Resgatando um tempo simples
onde era marujo em águas serenas
A alma se despede de ontem
cheia de feridas nos pés
Lágrima de alegria
pois os passos foram firmes
e não escolheram terrenos
de braços abertos,
pisco faceiro para o amanhã
ainda descalço
ainda inseguro
ainda com fé
mas agora sem medo!

domingo, 8 de setembro de 2013

Hoje são as Cretinas Cracias

Diclofenaco de potência arremessa-se em massas pelas ruas...
Substrato laranja de pouca durabilidade desestabiliza o leme.
Patriarcado obsoleto martela e pulveriza, esperanças, filhos, vidas
Reticências...
Morfina na jugular pra ajudar passar
momentos invisíveis de mudança e a velha, enrugada e triste
vovó Esperanza, procura vitaminas em sua estante.
A truculência da natureza tão indiferente
assiste a tudo de camarote e come pipoca de micro-ondas
Ondas essas de mar aberto a poucas possibilidades e um só horizonte.
Afeto e concreto nublam preferências moderadas de prazer
que muitas vezes prometem passar mais tarde para sei lá o que
Minha janela dorme aberta mas não é convidativa.
Grades para os homens, tela para os mosquitos.
Verbo cerrado, incontáveis tempestades nos cercam
fardadas ou não, a porrada sempre surge de gente especial
amada, importante, superficial
Inconstitucional deve ser meu coração e minha ingenuidade
continuo escrevendo obscenidades subservientes à loucura
mal vistas por olhares calejados
acostumados a serenidade de facilidades, a simplicidade explicita
até mesmo a rebuscadas construções sistêmicas
trocaram as cortinas "de Cartes" por persianas coloridas
Tudo é um show!
Freak, ou na lixa,
é a revolução, Baby!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Acorrestado de Pedreiras

É grande e é oca
Estante entulhada
com silêncio e bagunça
sentimentos
sobretudo paúra
Espaços enferrujados
enorme para os lados, pois
de pequeno significado
Amedronta, diminui
as pessoas que ali se esmagam
flagrando seus fracassos
definhando na desfaçatez e auto piedade
[flagelo sagrado esse abraço de espinhos]
As frequências que diluem horas
atiçam o lado escuro
da memória
dando luz sem parir
a algo ofegante
espasmando sorriso desfocado
a
cada
milhões
de
segundos
rasteira essa felicidade
balsamo das negras cicatrizes
É gaiola de ouro
sangue, suor, lágrimas
casa do escárnio, abrigo de loucos
lar, doce lar

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Remoendo Retumbâncias

Decidi optar pela pior opção.
Saí do lugar, fechei o portão.
Não tinha mesmo o que falar, era assim
Ai de você se duvidar de mim!
Te digo uma coisa, vai entender
Mais vale perna roçando que boiar no Tietê.
Morre menos, marujo.
Esquece a borboleta
foca no casulo.
Mesmo que interrompam o seu lugar
pare pra pensar
deseje o olho vidente
e antes que a poeira assente
tente a Luz espiar.



ATO


Gostaria muito que fosse verdade
se tivesse
um espaço pra alugar
entre o sucesso e a realidade

OTA



Dia e noites sem dormir ou foder desmancham a cabeça de qualquer peregrino russo.
A contagem de linfócitos e/ou espermogametas encheriam uma caixa de grampos...

Mortabilidade Fogossintética

Traqueostomia
estou só
tubos e conexões a parte
só desce o pior
Manutenção de veia cômica
faz da safena a ponte
entre os ismos intolerantes
e o estilo da fonte