quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Trovilínea Caçadora de Puritanas Bonitinhas

Rompi com a poesia
olha que absurdo!
Já escrevi um monte,
e não ganhei um puto.
Desisti de insistir no erro
ser chato me custa uns dedos.
Parafraseio o meu alter ego
falo merda e desanimo seu medo
Ainda tenho metade de uma folha...
Um desafio com que me preocupar?!
A partir de agora: escrever e destoar.
Antes bastava ter inspiração
conter a respiração e estourar
Hoje não é tão simples
fazer valer sua atenção
pressionar minha cabeça ao bagaço
pra nos fornecer alegria sem utilizar nenhum
Chavão

Ensaio Arvoredo Versículo 2do

Copa
lá no topo de mim tem muitos galhos presos
sou morada de pássaros, insetos e sonhos, alimento todos
versar é para poucos, bom mesmo é prosear, jogar palavras ao vento
deixar no ar pensamentos,devaneios inúteis,porém belo movimento a se dedicar
nessa vida que já vai passar, e findar o sofrimento diário com o que nem dá
para imaginar solução, muito menos para a solidão, metáfora da brisa
que sopra baixa no pé do ouvindo, espalhando orvalho
permeando meus meandros, minhas doces ideias
vão se aninhando em pensamentos
únicos como folhas
atadas em redes
ligadas ao
Tronco
Eu nú
mais
forte
que a
morte
com sorte
esse
terreno
meu
alimento
onde
finco
minhas
eternas
Raízes
sou chão que me segura, terra que sustenta e os frutos deitados aos meus pés

Ensaio Arvoredo Versículo 1ro


Se fosses tronco
e as folhas
palavras
Uma frondosa copa te cobre a face
E no Outono é só você
O que fazer
nú e mudo
no mundo?
Suas raízes
as que te mantém de pé por tanto tempo
e mandam sumo pra longe
para as palavras te deixam mais belo
mas escondem a sua essência
(e tua cara de pau)
o que te faz forte e grande
tá de baixo da terra
onde ninguém pode ver
só você pode saber

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Vagaluminosidade de Viela

É como se fossem prosopopéias saltando por de traz de moitas de alecrins. Camarões brincando de esconde-esconde enquando bombas de chocolate explodem em campos de bolinhas de gude!
Piões rodão e galopam em alazões imóveis, rumo ao forte...
A amarelinha que te leva aos céus de algodão doce e cheiro de pipoca com lascas de porcos rosadinhos.
Mamãe está na rua, procurando seus pintinhos enquanto um homem bate na porta de suas filinhas.
É PIQUE É PIQUE É PIQUE
cola polar, all star americano
Dolasi Jah Marrai Filidô, sô Rei!!!
Berros que o gato dá...
STOP!

...e um copo de pus

Essa estrutura às vezes me cansa
me sinto preso no verso
essa trova de repentina repetição
Vamos prosear mais, garoto!
Ficar atento aos movimentos
deixar os pêlos arrefecerem
depois do arrepio
(segura a tentação de rimar
e não dê um pio)
Duvido!
Sempre a mesma repetição repentina
Numa dessas provoco uma fratura exposta
palavras com as tripas pra fora
um horror!
ours concours no horário nobre
a novela continua
Me lembro de quando comia gafanhotos no café da manhã
tempo de bons ritmos
já dancei melhor que isso, sabia?
Penso, pouco pratIco, porém penso
dessa prática fúnebre nascem ásas
de galinha, que não levam a lugar nenhum
mas deixam os saltos muito mais legais
Já tentou planar depois de se jogar do 34 andar?
É uma sensação incrível
e tem gosto de banana.
Repeteco
te trouxe até aqui só pra confessar:
você acaba de ler o catarro de um poema!

Sélaba Pírola

Essa coisa de fazer poesia
tem lá a sua graça
um misto de tesão
com o de ser tratado como uma traça
Dai eu transo uma trama
desenrolo minha trança
Trato dos tratados
Torço por mudança
Trabaio feito um condenado
rimo sola de sapato
com o tostão furado
achado no meio do mato
E finjo que sou poeta!
Essa é a melhor parte
Sou um personagem astuto
tropego e sem rumo
de tudo que dá nimim.
(dessa aqui eu juro que me livrei)

sábado, 22 de dezembro de 2012

Mudo, Calo-Me

Pranto de quem roga à noite
melhores idas
Vidas tropeçam em seus rabos
emaranhados em rabos alheios
Avessos a si, inclusive o outro
Buscas insinuantes confirmam:
saliência é o caminho certo
pro vazio
Esqueci dos motivos
e fui pra festa
vi lobos ratos,
cordeiros desavisados
(alguns maiores que a pele)
e eu nú.
Quero mais não...
o Sol me ajuda a levantar
e pisca cumplice
a Lua deve me esquecer
agora é Ele que vai me aquecer!

Metamorofo Limitado

Como copo vazio
cheio de vontade
de encher
de brindar como taça
Caio e quebro
com certa frequencia
meu barulho nem incomoda
Mas agora chega
Vou virar jarro!

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Trilhas Fundamentais ou Jogos Antigos

Tradicionalmente incompetente, costumo pecar pela falta
de vergonha na cara, e me ponho a falar pelos dedos
às vezes acho que minhas veias artísticas estão precisando de uma ponte de safena...
muita gordura, pouco nutriente, e nenhuma astúcia
aquela que você não contava quando aparece
na última linha de um poema sem pé nem cabaço
o chapolin colorado!

Fazendo a Beiça

Lisura pura
antes uma bela punheta
que uma japa burra
Fico cá eu
no meu canto
a virilidade
no entanto
não se importa
etumece a piroca
a mente embolas
até que do pinto
a porra jorra
e vc percebe a merda que faz
deixando nos buracos vazios
de bucetas sem pau
a deliciosa dureza
de ser sempre só
entrando e saindo
fora e dentro de si
E isso é de foder...

Tradicionalmente Oblíquo do Avesso

Sarcasticamente observo
tudo pelo canto da boca
Lugar favorito dos falsos
sorrisos
de quem ouve poucas e boas
Tarados por diversão, eles avançam
Se aglomeram a rabadas pelo melhor sentido
Sentados, os acentos são agudos
Aprisionam suas bundas incendiarias
O desconforto da penetração constante
faz muitos reluzirem na fricção
Antigamente funcionava assim:
só brincava por fora quem sabia roçar
Hoje a infantaria dispensa a baioneta
e parte pra luta
de celular na mão e pés descalsos.
Bons tempos os vindouros, sabia?
Tudo é lindo e cheiraria a
rosas desbotadas
Se depender de mamãe,
metade cairia dura
e de pau no ouvido.


Parca Honestidade que me [cabe,


te devo uma cerveja bem gelada
e umas porcas desculpas
aposto que você vai querer ouvir...
travei uma pequena batalha
até passei do ponto
mas perdi
e saltei
ponto seguinte
fui pra casa.
a tempo de trombar com o Quintana
em plena terça
e levar
.......................................[uma surra!

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Queimadura no Polegar

Catavento poderoso, síntese áurea do sublime
Cata movimentos sinuosos pelas tranças da menina
Se fosse outono, folhas secas moveria
Verso veraneio, carinho no centeio
Parado sem estar, surpresa ao chegar
Arrepia a nuca, cessa o suor
me fala no ouvido
promete um dia melhor...

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Carbonários Sebosos

Cacos
Cacofônicos
Caquético
Carapicuiba
é longe
como o casebre d'eu
canto
cabisbaixo
carrancudo
cracudo ...
Camaleão
Costume de camuflar
cada eu
um cadin
cabe em mim
Cabide de personalidades
Cada uma num tom
Cadavérico
Como couve
e camafeu doce
amargo capim
nem tudo tem tempo
de espiar e ser
carcereiro
cada um na sua
capriche!
Cores, congruência
cavernas internas
não cabem em si
caminhos a correr
camomilas hão de florescer
comedido cenário consigo prever
cálido começo
caminho do fim
cresço
quem mais?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Museu do Azar

Ortomoléculas a jato!
Tiro de canhão
Esplosivários de segundos
por vias velozes
vias viárias
várias visões
virtudes, viscitudes
vatiavelmente vans
transportando isso tudo por ai
Vermelidades estatisando cruzamentos,
grafites exxxpresssando márte,
roletadas contando gente
Do líríco ao barro ôco
Da flauta à skol
acho cedo pro julgamento
Derrame metárgico,
interação lúdica entre
pontinhas de dedos capa(tá!)zes,
abstracionismo celulório e o caos.
Melhoremos:
)#18&?($ ( $#/2%4( )#"( ?#$?( ?#%(
Olha que merda da so de parar pra pensar...
E tem mais
A noite é funda
e na baia tem vários barcos.
Fala disso agora!
De que tipo de apropriação estamos tratando,
de sem terras ou do meu milhonésimo poema sem teto?
porem com bolas

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Caminhos Molhados

Gotas
de chuva
Sempre soube
caem de pé
e correm deitadas
mas...pra onde?
Acabo de descobrir
para baixo.
Gotas
suicídas
escorrem por ai
desenhando
caminhos molhados
pelos vidros
no toldo transparente
escorrem
manhosas
aos
poucos
melancolia de dia cinza
em fios
para baixo.
Caem
e se esvaem na piscina
seu oceano

Cantiga de Versar

Poetisa quem versa o inverso da pressa
com verso conversa, se expressa, não estressa.
Vou nessa! De poesia perversa e feliz a beça!

Dentre Dantas, Foi Dela


maré
que enche, povoa, sobe e se engrandece
diminui, se encolhe em menos volume, fragilidade potente
onda
vem e vai, sempre deixa aquele rastro, que logo se esvai
fala mansa, porém correta, arrebenta o mundo e volta serena
quebra 7 vezes; sussurro manso, conforto
mar
imenso, infinito contido em uma praia
se refugia em cada grão de areia, sem medo
se sabe enorme, se permite enseada, se expõe
acolhe, abriga e expulsa, engole, traz pra perto
transporta em si o mundo todo
sublime em cada ato, movimento constante
também fere, por querer e sem quereres
tem os que o julgam tolo, por ser tão vasto e azul
transborda sua grandeza por todas as terras
alguns terrenos o julgam intrometido, outros se preocupam
tem os que o protegem, tem os que o sujam
maior é o mar
Absoluto, impávido colosso
em forma de mulher
sou ilha
expectador privilegiado, parado, cercado
perplexo pelo privilégio de ser junto
no meio do teu peito, meu mundo
sumo imperceptível em seus braços d'água
volto a tempo de te ver iluminada pela aurora
sou feliz
no meu mar não tem porto seguro
seguro sou por que o mar é A mar

terça-feira, 27 de novembro de 2012

...pero non troppo


Acontece que as pessoas esqueceram como amar.
Olhares destreinados não vislumbram beleza
gestos carinhosos não mais surpreendem, espantam
causam medo
Desconfiados e temerosos, seguimos pelas sendas das trevas
Cortaram a luz do fim do túnel por falta de assiduidade!
Vagamos pelas vastas ruas sem esquinas dos nossos medos
lá não cruzamos com ninguém
Enquanto isso decidimos "cruzar" com qualquer um do lado de fora
Sem emoção, carinho efêmero, melhor, não-carinho intenso
Sem dia seguinte, sem expectativas, sem vida
Vida que segue...
mas que vida sem vida é essa?
A poesia me ensinou que Amor é Vida,
mas a poesia está morta...
e os poucos que velam seu corpo
estão cansados de venerar a morte
Penso nos poetas que se foram...
Penso em engrossar as fileiras
só pra ter com quem versar
versar um mundo gostoso, de brisa quente
de gente viva e colorida, contando boa nova pra quem passa
Bom dia!
Mas aqui não há espaço, há guerra diária
um genocídio de sentimentos
descrença no bem feitor, no carinho a priori
O amor está esvaindo-se por entre meus dedos trêmulos...
Com os olhos marejados observo uma criança sorrindo
queria guardar esse sorriso no bolso da camisa
bem perto do coração
para sacar, apontar e disparar
alvejar todos esses assassinos que me cercam nas ruas
que me beijam a boca, que falam por mim, que não mais sentem
assassinos frios dos momentos sublimes, covardes que se calam
diante do inesperado gesto de ternura
cada vez menos frequente, e alegre, e espontâneo
Desculpem-me os meus pelas lúgubres linhas
Desculpem-me os seus pelos respingos das lágrimas
Sigo eu pelo caminho das pedras de cada dia
me inflando em amor escasso, e esvaziando em versos
O que será de mim sem todos nós?
O que será deles atados a tantos nós?
O último a sair que ligue a luz...

Saturação por meios ilusórios satisfazendo o pobre ócio...

A folha
em branco
- Desafio -
Pautada
margem de rio
Palavras
águas agitadas
Correnteza
as letras
Retidas em diques
páginas
Futuros livros
Piscinas de clube
Me enche com teu caderno
Mar virando Mangue
[penso meus escritos]
fluxo do meu sangue...

Ramalhete Oculto por Fora

Me foge o senso
para exprimir o tento
troca-se fala por tara
O diálogo flui naturalmente
seja escrevendo ou desenhando
o silêncio, por engano
ela séria, eu gritando
pelo papel, entrelinhas
me reviro, ela pinta
meus instrumentos me maltratando
e ela, com os dela, conversando.
Sua madura calma
me sacode como o vento
mais uma fruta doce
cai do meu pé...

Calada Flamejante

Impressões mastigadas, agora, tolices
Dominado pelo verde azulado de sua grandeza
Pega-pega, me pega dali
me pega de lá
Cuidado pra ninguém notar
Jogo o jogo com cautela trêmula
Antes, carro potente só no videogame
Piloto? Piloto!
Finjo que guio, faço o que posso
Tipo isso, ato, ofício, substrato
fuga e esconderijo.
Refém sou é das linhas
que me liberam as palavras
e saram minhas feridas.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

...after nothing's eve


I am a writer
that nobody knows
having a paper as my only host
Moaning deep whispers
like a mad ghost
Through this invisible pen
I can't hold
I seek for an intangible measure
where the metter is most
Now keep your eyes closed!
and behold
the lines becoming old
the jokers starting to fold
the silly walk of Hope
at the end of the world.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Sinalização Triângulada

Ensaio sobre a poesia em 3 atos:

- Dias virão suplantar o monstro, uma ou duas vezes, perdido entre linhas, dourado de ferrugem. Mandinga minha, atitude sua.

- Tens verbos simples nos lábios.
Mantém distância de meu hálito.
Mal hábito de ser mito.
Derrubo paredes e solto raios.

- Do outro lado, 
espaço. 
Na outra vida, 
o vício. 
Do lado de cá, 
o escracho.

Carta de Amor

Esquece o amor romântico
que a dor passa.
Essa dor é invenção,
é você e mais nada.
Impossivel é deixar de seguir
de achar outros caminhos para o sentimento.
Isso que você chama de tristeza
na verdade é energia.
Sua energia!
Você gasta como quiser.
Vais mesmo optar pelo sofrimento?
Dá uma volta sozinha pelo quarteirão,
toma uma coca, pede um sorvete
e não esquece o violão.
Sei da dificuldade de te fazer entender
esse esclarecimento que me veio tarde.
Também sei da tua dificuldade de assimilar o conselho,
talvez por precisar de mais um pouco de estrada,
mas tenho certeza que vais assimilar
um dia, quem sabe, talvez
Então fica a dica
de pensar outra vez
A rede social potencializa a solidão
se expor só trará mais dor
"o que eu tenho a perder?"
você me perguntou
te devolvo com
"o que tá deixando de ganhar?"
Há um lindo caminho à frete com muitos amores,
além dos que já estão e seguirão por esse caminho ao seu lado.
Esquece o amor romântico!
Se concentra em só amar,
intransitivamente, pluralmente, descaradamente...
Amor não se trata de pessoas.
o Amor é, o Amor está, o Amor será
Quando entender que ninguém desperta nosso amor,
e que para amar não devemos devotar
teu peito vai explodir
e o conselho dessas linhas
vão se banalizar...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Fémme


Mulheres todas
vocês são lindas
de qualquer jeito
Principalmente quando
estão de sandálias
e eu posso ver seus pézinhos
lindos pisando o chão
que devolve força
pra contrair as coxas
e dar curvas as panturrilhas
as minhas favoritas
como o jeito de torcer o pescoço
e deixar o queixo por cima do ombro
e dando aquele sorriso doce
o cabelo escorrendo suave
nas feições de gozo ou felicidade
Como andam de salto
jogando o quadril pro lado
ou como são meninas
por traz de olhares sedutores
querendo nos mastigar
Vocês são meu ão
meu dia e minha oração
sem sujeito, mundo perfeito
seria só de vocês feito!

terça-feira, 6 de novembro de 2012

TrovaTrovãoCalaMeuBocão


Sabe que importa quando entorta a porta do assédio inteiro?
Sobrepuja a candura oculta no gracejo.
Torna imunda outra forma de inventar.
Pormenoriza contundência, cria ritos e mitos. Gritos!
Ofício de preencher orifícios de bichos onívoros.
Qualidades expostas em um pé só!
Turbililhonésimos segundinhos de sagaz excitação...
[arrochando os dedos dos pés)
Ontem, calado na calada, calcado, cabeça baixa
Hoje calmo, comigo, canto carinho no caminho comprido quase cumprido
Estrelas caem ao som do estampido
Gostaríamos, sempre combalidos, mudar de hino
bons meninos, bons santolinos
lixo no carro, mato no gato, falante, não paro
megafone na mão, gritando em alto e bem são
Calem-me, se não eu irrito!

Puta Madre!


Poesia é prostituta
povoa sonhos
mela pensamentos
seduz os dedos
é cheia de curvas
gostosas de ler
vem pro mundo só sua
só vive se for de todo Mundo

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Impossível não é Anfitrião, é Hóspede!


Posso querer mais?
Posso querer sempre?
ou ai já é demais?!
Pode me dar
mas
mais ou menos
Por isso peço
Já tive um pouco
e sem pedir
Será que sei pedir
ou não preciso?
Mais, quero mais!
Posso dizer que sei pedir(?!)
juntei palavras, pretensioso poema
que não tinha rima como renda
e no fim ainda te fiz sorrir.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Barão de Motocicleta

Sentimento de solidão gera pequena angústia que se mistura à preguiça de movimento, à insegurança da virtualidade, alguma revolta pela condição psíquica atual, o tempo fechado lá fora, o dia gasto até o momento com absolutamente nada, e vira esse textinho fuleiro, isca covarde pra capturar olhos desavisados, divulgador dessa minha esfera, desse mundinho que está ao meu redor nos segundos em que teclo essa sequencia aleatória de vogais e consoantes, a troco de nada, devaneios e muitas palavras entre o sentimento do início e o ponto final.

Torpe do...


...das vezes que sobram, menos armadilhas...
...dos movimentos enraizados, mordaças perversas. Minuta perfeita dos motivos que movem artifícios...
...imagem, nome completo, reticências inodoras, há alguns minutos, perto de alguém, em algum lugar e uma súplica por carinho.

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vaianne


De repente
Tudo ficou preto e branco
E vazio
Tudo saiu correndo
O amor, a alegria, a esperança
Como um quarto de casa abandonada
Sinto meu peito
Com chão coberto de poeira do passado
Além de uma presença que me pesa e paralisa
Ali, parada, a Tristeza
De braços estendidos esperando um abraço meu
Sem pestanejar dou o que ela deseja
e choro
Não faço força, não resisto
Só choro
Na esperança de mandar cada tijolo,
desse muro que agora me cerca por dentro,
embora em cada lagrima derramada...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Zen Zu All


Uma curtinha
Uma curtida
Uma rapidinha
Uma gozadinha
Coelhada
Caralhada

Devagarinho...

Movendo moinhos estão as águas
cheias de dejetos e esperança
não é à toa que garça se lança
e volta com bico grudado de lama
Coragem é o ato de administrar
seu medo de baratas
Junte-se a elas, mude-se para o Leblon!
Te faço visita íntima
vestido de besouro-suco
de casco duro
e pinto grosso!

tRANSPiração


Camisa grudada no peito
de tanto suor
O clima é tão quente
que seca o gogó
Desce uma gelada
enquanto a madrugada não vem
Alento só na hora da Lua
quando povo vai pra rua
e eu encontro com meu bem

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Curiosidade Amputada

Na real, eu só queria que me restassem as teclas...
Todas elas!
Em cada língua já impressa pela humanidade
Aí vocês iam ver...
Arrepiaria ainda mais os bigodes do Dali
Teclaria absurdos e sandices
Profecias e ecologias
Versos impróprios para menores
Tratados de todas as ordens
Xingaria mil vezes
Pediria perdão todo dia de manhã
Escreveria cartas em 3 líguas diferentes
cheias de erros ortográficos
Aliás, reescreveria as regras ortográficas
Daria as regras de uma lígua pra outra
justificaria à direita o ocidente
à esquerda o oriente...
E quando terminasse de teclar
todas as obras literárias da história humana
para cada código linguístico jamais pensado por nós
Fundaria uma nova nação
Sem cedilha e ão
mas com muitas palavras
e pouca comunicação!

Seríamos nós o delírio
de um poeta ranzinza
velho de dó
de tez severa
triste por sempre sentar
em cima do seu fiofó?

Cabeçada em Faca de Ponta


Vou te contar
Da vontade que dá
De te dar uma música
minha, pra você cantar

Mas sou poeta de bolso
Quero muito, mas escrevo pouco
e só consigo versar

Fazer uma canção
sempre foi um desafio
Achei que seria mais fácil
me inspirar pelo teu brilho
Mas o problema é a caneta
e minha mão que não chegam a uma conclusão.

Perto do fim, esboço o suspiro do vencido
me arrasto por mais uma linha
triste por não conseguir o tento
de ter meus versos nos lábios dessa menina
Letra de música, vou tentar em Saquarema
por hora só consegui esse poema.

Irlanda Malcriada

A intenção é/era escrever algo sem nenhuam inspiração, pra ver se dá pirão.
Algo notável, que eu me lembre mais tarde
"Porra, lembra dequela poesia/poema/texto/porcaria que escrevi aquela madrugada?!"
Será que tem sentido ou é civil?
Sempre imperativo no começo das frases
ou com muitas preposições
coligação de artigos pela preposição do povo
Eduquemos a gramática com mais linguística!!!
Liberta as letras do teu peito!
Solta palavras como pombos da paz
para o alto e além
das tuas vistas, mais sujas que as dos que te amam
Morde a rigidez dos critérios
amáveis sejam todas as carícias
pro inferno com os verbos
me inundo de sujeitos oblíquos
como esses pretenciosos fonemas

Doidêra

Poetiso ela por inteira
forço uma barra, de certa maneira
não sei de onde veio e nem como cheira
sei que se fosse arqueira
teria flecha certeira
porque memo não sêno armeira
muito menos a paixão primeira
me deixou de bobeira
acordado a noite inteira
escrevendo um monte de asneira
tentando entender toda essa besteira
de sentir o coração numa betoneira
por uma estranha tirando foto de jardineira!

Nublado, Ventando e Chovendo

É um véu negro cobrindo o futuro
um vulto cinza me separa
o torpor do sentimendo fabricado causa desespero
milhares de vezes dito, milhões de negações
reconhecimentos fora de hora só enchugam lágrimas
de frente para a porta dos fundos com a mão na maçaneta
deja vu do cotidiano covarde
lá fora reside o ralo pra onde escorre a vergonha
mudança dos domínios da mente e do corpo
para salvar dos vermes essa carne
ainda há vida, ainda há motivos
ainda há a maçaneta e a porta dos fundos





Anexo

Fruto da frustração de ser só,
lágrima e poesia terapeutica

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Fading Out...


Me afastando
vou do opaco ao transparente
Translúcido até quase...
até quase sumir.
Viver no diminutivo
é preciso
Desapareço sem sair de cena
despenco sem cair
sou suco do sumo
de pouco existir.
Nada de fundo do poço
retiro curto dos derrotados
apenas me escondendo com o rabo de fora
pra manter os sonhos acordados.
Chega de tombos e machucados
sempre pareceu que nunca estive aqui
vou apenas tornar mais verdade
o que eu nunca deixei de sentir.
Saio da vida para entrar pra minha história!

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Menas Vezes


Triste
as usual
como na época discada, chego a 98% de felicidade
e a conexão cai
Triste outra vez!
Vou mudar de tática
baixar a felicidade em torrent
tentar pegá-la separadamente
aos poucos
e de muitas fontes diferentes
explorando a rede, as múltiplas conexões
e se a conexão cair
eu me contento com o pouco de felicidade armazenado
talvez não fique tão triste como antes...

sábado, 6 de outubro de 2012

Com Asas!


Atenção!
Ouçam todos
A derrocada dos três rios
Oriundos de fragmentos pueris de franca mobilização
Açude movediço
Montagem indeterminada determina mutilações
Terrivel movimento anterior a sorte de escolher o que é certo
perante a incerteza do breu entre caminhos corretos
e libidinosos
Já experimentou o vazio, o nada?
As entrevistas intermediada nos interstícios?
Não me venha dizer que acha isso bobeira!
Verborragias insensatas poder deixar pasmo o detalhe
Colheres mordem tijolos de gosto anil
Nem quero me fazer de sonso pra criação imberbe
Mas já me faço de desentendido por segundo
ao ignorar amigo saliente
pra continuar a maltratar o teclado e
você
com esse monte de nojo letrado
precioso e pretensioso
sou eu sendo nada menos que nada de mim
verborragia insensata e desnecessária
foda-se

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Postulado Imberbe


Exercício sanfonado de relacionamentos
Desencontros intermediados pela ausência
(presença etérea de carinho)
Descaminhos que se cruzam no infinito,
revelam a (falta de) perícia com o tratar do tempo
Devidamente ignoradas as variáveis de contatos virtuais
ora aqui, ora acolá
Noves fora, nada fica
mas tudo o é
Como se amar (,)sempre(,) fosse o suficiente...
Dormência no sentir adverte:
A Preguiça pode ser a mais vil inimiga das relações!

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Misteriosa Disciplina

Ela tem cara de quem escreve
e eu sei
Suas mão são mãos de quem escreve
Ela sempre carrega um livro de arte e chega cedo
Suas perguntas e tatuagens, seus óculos
e o jeito como tateia o ar,
como se escolhesse nele as palavras certas...
Ela é linda!
Mas...
o que será que ela escreve?
A julgar por suas expressões comedidas,
modestos gestos faciais,
vislumbro doces versos de um poema.
E de repente ela sorri
um sorriso largo que por instantes interrompe
a lenta lógica muscular de seu rosto
revelando algo mais que me faz dobrar de curiosidade
Eu sofro de longe desejando suas linhas.
Meus olhos ardem dedilhando seu perfil de traços sutis,
procurando por pistas, dicas, maneirismos
sem sucesso.
Ela é linda mas não basta!
Quero descobrir a beleza que as unhas curtas das magras mãos não me revelam.
Piro nas curvas do seu lápis tocando o papel,
criando mundos, chorando em pingos de "i"'s, falando bobagens importantes
Imagino seu rosto, consternado com a luta entre seus dedos, caneta, folha em branco e subjetividades.
Eis aqui o mistério descrito em linhas absurdas.
Ela é linda...(?!)
...serão as suas linhas?(!)

domingo, 9 de setembro de 2012

Sai logo daí!!!

Vem ser o vento
sopre forte perto de mim
Vem ser aperto
no meu peito angustiado
Vem ser conselho
nas minhas noites de medo
Vem ser passarinho
pra me acordar no dia seguinte
Vem ser pra sempre
o calor que me falta
Vem ser pequena
pra bincar de amor comigo.
Venha e redefina o verbo.
Vem...

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Faltou Livreiro

Atrasa o ponteiro por inteiro, dê um tiro certeiro no moço festeiro que está dentro do viveiro ajoelhado em grão de centeio. Noção não tem paradeiro (talvez no quarto do padeiro?!), deixa de ser arteiro e repara como ficou feio esse poema matreiro e diz logo sem rodeio a que veio!

Podologia do Inacreditável


Vejo apenas cabeças amórficas, nubladas, sem cor...
Me alimento do vazio entre a distância do eu e da falta de saliência.
Deságuo na poça que chamo meu mar, baixo festejo!
Minuto a minuto diminuo o ar que entra pra ter menos fôlego.
Sai um grito de mim, por fora estrelas piscam a meu favor.
Resta um pouco de pavor aqui dentro...
Contemple! Eis a glória do pouco dizer!

Go Capita!


Chega de desperdícios, Capitão
A hora é chegada
Partamos!
O mundo nos espeta,
ferroadas nos fundilhos
Quem manda recado
por debaixo de cifrados
saberá quando chegarmos
Oh, Capitão, meu Capitão
quando moço era mais vivo
teus dedos acostumados
salvando meu tédio com dois tiros
Estibordo não nos serve mais!
Vamos em busca da linha curva do horizonte
do exército de verdes almas
A inércia é uma bela donzela
não é flor que se cheire
nem paixão preze
Partimos!

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

A Foto A Lia


Posso te fazer uma poesia?
Não é pergunta que se faça
Poesia é transgressão
vontade que arrebata
Mas a ternura dos teus traços
causou furor e embaraço
ao ponto que antes do traço
meio sem jeito
a pergunta eu faço
Agora angustiado
o poeta se despede
usando de palavras imita o Sol
que na foto te acaricia a pele
Levo pro restante do dia
esse momento de pura rebeldia
um pouco de empáfia e muita alegria
que me causou uma simples foto
de uma menina chamada Lia

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Sobresaldo

Durantiguíssimo imoladorismo
amputrificado por muitocentas guinadas enfileirandas
seus honestáculos permantraficados,
endemilátras e artificiamenidades comungam
certameritocraticismicamente seduz menoribundos
demosntracionismos boboalegres
definitude morfétida avua de mim

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

A maior qualidade dos maus é a ineficiência dos bons!


O maior problema do mundo são os bons de coração
os bem intencionados, os humildes e amorosos.
Esse não é o seu mundo!
Não vos digo que o coletivo denominado Humanidade
detém características inatas a priori.
Porém fica claro a falta de habilidade dos bondosos
de conviver coletivamente e em grande número.
Os "maus", ao contrário, souberam adaptar muito bem
suas normas e valores a um coletivo planetário.
Um sucesso na implementação e manutenção da ordem
baseada em valores desagregadores, práticas maléficas
e que resiste e persiste como norma do coletivo por milhares de anos.
Souberam portar-se muito bem, os inescrupulosos, diante da maioria
em menor número foram concisos o suficiente para distanciarem-se
segregaram-se ao topo da cadeia alimentar e tornaram-se chefes
ditadores das bases de todo o comportamento da humanidade.
Enquanto isso os bons, dotados de valores que reverenciam a coletividade
que abraçam em vez de separar, que respeitam e amam
não são eficientes na implementação em larga escala desses valores.
São reféns de sua própria fantasia.
Exuberantes de sensibilidade, tendem a não se entenderem pelo excesso de zelo
tão grande é seu respeito pelo outro
se perdem facilmente na organização coletiva em larga escala
Fazem de duas de suas maiores bandeiras, antagônicas
democracia e liberdade, de parceiras, são feitas inimigas.
Sua falta de traquejo prático impede implementação de atos
sem infindáveis discussões acerca de métodos.
Eis aí o cerne da incapacidade dos bons, o método!
Falta-lhes traquejo maquiavélico
são incapazes de tomar decisões que tragam o bem coletivo
sem que o método de cada ser participante seja levado em consideração
e discutido à exaustão como prática maior da sua leitura de democracia.
Isso mostrou-se ineficiente na luta contra os valores malignos.
Por isso constato que os bem intencionados, os amantes de tudo e todos
são intrusos nesse mundo.
Suas práticas são individuais e para pequenos coletivos,
não tem força para reger toda a humanidade.
Além disso, sua maior arma ainda não foi desvendada por completo
o Amor não se fez entender entre os que amam.
Um dia, quem sabe, estaremos todos prontos para nos amarmos sem limites
e assim poderemos sobrepujar os maus e seus valores, dando um novo rumo
para todos nós.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Guloseima de Fim de Tarde


Eu amor
mas não quero amo.
Redundante folia em mim.
Todo tempo, menos ainda
desgaste sobre trilhas
sonoras
alegres distrações.
Bem te vi!
Jurava ver miragem de tão sólida,
eram apenas ideais trocados
minuciosamente.
No calor da noite
me calo por todos os lados.
"Sentimentos Trabalhando"
Lê quem observa de perto
o recanto criado de fora pra dentro
por olhos, bocas, ofensas e gargalhadas
Satisfação garantida
ou o seu carinho de volta!

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Tecradas Tlocadas ou Toadas Sangrentas

Dedos Dela
Me falo em frases,
Palavras me escorrem ao sangue
E valseiam em ecos pelo mundo.
Mas é só a oração
Que de meu sujeito não sai
Me revela o verbo por inteira.
Meu Delírio

Se seu
me permita
ser de todos
de tudo um bobo
vagarozo movimento de palavras sedozas
puro zêlo
tua veia pluralizou meu olhar
o sangue mar pra onde vão tuas letras
vermelho, tingiu minhas paredes
me convidou à navegar
puxado pelo m de sua mão
fui daqui aí em prosa te abraçar
elo doce rapentino
onde toco teu íntimo
sem a oração macular
Amemos...
 {Dedos de Tayana Dantas}

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Colonos de Ares Condicionados


Daquelas fissuras no passeio
respira a terra soterrada
Pés e mãos de bruto concreto
abstrai das vistas o humo do homo
auto proclamado sábio,
degenera mudanças antes do fim dos tempos
Meus desejos são anacrônicos
à realidade sepultada
que descansa, que dorme, que desafia
ranhuras da alma dos aflitos
publicidade fissurada por não lugares,não seres de não sentir
mais sim do que não 
Olhos nos pés, corações nas alturas
a gravidade da queda lá os segura
Seus quilos sustentados pelas solas gastas
e sortudas, pois
acariciam à Terra e não se emocionam nunca!

domingo, 15 de julho de 2012

Traça

Toda vez que saio da toca comigo embaixo do braço
vem um palhaço
e me faz voltar pra dentro
seja com um soco,
um afago
ou com um copo duplo de realidade!
Nunca mais saio da toca
até a próxima tentativa.

sábado, 14 de julho de 2012

Qualquer Coisa

foi e deixou um vaco
um que falta
um rastro
do que outrora
era tua figura
presença futura
move sentimentos
transtornos tranfigurados
pobremente relatados
por dedilhadas débeis
tenases, porém
focadas no objetivo de impressionar
pretenciosas, esperam
180 graus de rotação dos seus pés
de lá pra cá, é claro
na direção do assento ao me lado
exatamente onde está o tal vaco
que você deixou

terça-feira, 10 de julho de 2012

descobrido no frio

passar a te ver com uma certa frequencia me deixou assim...
agora sinto saudade de vc
coisa que não fazia idéia do que era
descobri uma coisa boa
pq saudade vem sempre acompanhada de uma bela lembrança
e uma bela lembrança sua sempre envolve teu sorriso
descobri outra coisa muito boa
pq teu sorriso também é uma bela lembrança
e assim vou indo
descobrindo jeito novo de vc
continuo te vendo com uma certa frequencia
em cada memória
sentindo saudade vez ou outra
e vendo teu sorriso o tempo intêro!

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Topa Tudo Pôr Centeio


Só gosto de gente corrida
com pouca valia
que me faz gargalhar
Mais legal do que carnaval
seguro no meu astral
e firme, vou dançar
Bailam os desavisados
tristes com descaso
tudo há de acabar
Labuta movida a bebida
motivando mais maravilhas
a sexta vem e inebria
na surdina puxa pelo calcanhar.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Lôdo Fungo Scópico

A melhor parte de não existir
é pensar em branco
e passar batido
sem sofrer nenhum arranhão.
Comigo é diferente
eu existo bem menos que isso
não faz a menor diferença
o que penso ou o que sinto
sou marginal
sou explosão por angústia
eis-me aqui
poetizando em troca
do tostão do teu olhar.

Boneca Russa

Lá vai aquela menina
Baton vermelho
Cabelo escovado
Um vestido de fino trato
Deslumbrante
Por um instante
Preferia quando
Andava de chinelo de dedo
Pelas pequenas coisas
Tinha zêlo
Pouca altura de nariz
Eu sabia que ela era feliz!

Pesar do Tempo

O que você quer saber,
quem sou,
ou pra onde vou?
Talvez
saberei dizer
parcas porcas palavras
deslocadas de sentido e
sensatez?!
Teu pedido é perdido
nas águas nobres
que induzem pensamentos
nem convencionais
nem pertinentes.

Deliciosa Anestesia

Esse sou eu
quase indo lá
Ainda no Jardim Botânico
ela me assalta
as memórias, aos olhos
reflete na janela do coletivo
minha imaginação vidrada
começa a flutuar
por segundo eternos
que me fazem atravessar os bairros seguintes
olhando seu portão
o dia é frio
minhas mãos se escondem
elas seguram a vergonha que não imagino ter
seu rosto brilha na noite
ela vem ao meu encontro me servindo um abraço apertado
sei que está feliz com a surpresa
minha timidez provocando sorriso
ali, no cantinho da boca
arrepios me vem como lenhas para a fornalha da fantasia
curto, sucinto, boa escolha de palavras
gestos minimizados, expressão severa
de quem fala para milhares
nem reconheço esse eu de mim
termino e não peço resposta
justificativa que encontro para abrir o parêntese emocional
na nossa intença relação
projeto o infinito
e firme digo isso pra ela
no vão central eu dou tchau e viro as costas
suspiro alto no ônibus
sinto sua mão no meu ombro
ela me olha como quem lê um livro bom
sorri pra mim
ah, ela vai sorrir pra mim!
me abraça
e me beija
e me deixa
tentar mostra-la
que posso fazê-la feliz
meu ponto chega
faço sinal
desço e vou pra casa
Esse fui eu
quase indo lá

Uma Clássico em 3 atos...falhos

----------------1----------------

Ser poeta é pretender
ter a pretenção
de nunca ser pretencioso.

----------------2----------------

Ser poeta é ter a falsa pretenção
de pretender
não ser pretencioso.

----------------3----------------

Ser poeta é conviver com a pretenção
de sempre pretender
não parecer pretencioso.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Mixologia Aliventar

Deixado de lado
ele foi
embora
soluços entre soluções
resignação ignorada
levanta o peito
a alma rasgada
maltrapilho e esquecido
não há mais nada
sobraram sacos de motivos
de todos os tipos
grande serventia
se usados
talvez vendidos
ele prospera na madrugada
rasteja junto a larvas
recolhe cada gota de chuva
em seu cantil
há de vingar
tal líquido hostil?!
voa com o vento
traz de volta o manto da noite
divagando entre muros e bueiros
o cheiro de orvalho
enamora
embriaguez de felicidade
ele agora chora
tem tudo ao seu redor
e uma vida incrível lá fora
segue em frente
outrora orgulhoso guerreiro
hoje basta ser humano
tranquilo
com zelo prova
e sorridente identifica
a vida tem sabor de amor[a

Sinceros Metacarpos ou Sinceridade Metacarpiniana


Muda tudo, joga fora de mim
dedos meus, tão caros
favores me prestam na resolução desse fardo
justificado até o fim
dilacerante realidade que me sobrevoa
com asas de querubim
esse sentir exacerbado de faltas e lacunas
Oh, dedos, quanta tortura!
Te causo com pesar
todo esse mal amar
mas juntos, prometo-lhes, haveremos de enfrentar
eu e vocês
nem senhor, nem freguês
parceiros de falcatruas, mentiras e almas nuas
eu peço
vocês executa!
Por hora, só para aliviar a labuta
xinguemos o mundo
CAMBADA DE FILHOS DA PUTA!

Mas que Papelão, hein...

Como transformar relâmpagos em trovoadas?
Fazer mexer mundano saber
com bela alvorada
renascer por saber
o destino de cada ser
Movimentos eficazes
em mim 'efiquezes'
maneirismos de um maltrapilho
gauche no viver
delicioso modo de dizer
o pouco desequilíbrio que me dá
quando junto P com A
Deixemos de lado as soluções e nos atemos aos problemas.
Definidos os pontos
larguemos, liguemos, tracemos
inconclusivamente a gente mete
burros se banham em calmas águas
de mim provenientes
enxurrada descontrolada
pombo sem asa
vindo do inexorável
para o palpável
resultado:
DETESTÁVEL!

Venenosa

Um dia, quem sabe, talvez...
você tenha o que dizer
Um dia, quem sabe, talvez...
eu esteja lá pra ouvir
Um dia, quem sabe, talvez...
teu silêncio demonstre lucidez
Um dia, quem sabe, talvez...
eu, vento, te sopre outra vez
Um dia, quem sabe, talvez...
tu venhas pros meus braços correr
Um dia, quem sabe, talvez...
eu os abra pra te receber
Um dia, quem sabe, talvez...
teu jogo termine empatado
Um dia, quem sabe, talvez...
mu coração te valha um trocado
Um dia, quem sabe, talvez...
teu sorriso desperte paixão
Um dia, quem sabe, talvez...
eu sinta mais por você que apenas tesão
Um dia, quem sabe, talvez...
busquemos a verdade
que se esconde atras das grades
dessa relação enfadonha
Um dia, quem sabe, talvez...
feliz seja o outro
apontado como louco
por gargalhar o prazer
de nos fazer perceber
nossa falta de tato
em nunca ter notado
o amor umbrático
em cada abraço trocado.
[até o fim
desde o início
nada há
nada houve]

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Vapor de Pulga

Não nasci pra vencer
sou saci maneta
Fui alvo de bala perdida
que acerta em cheio
no erro
Convencer a quem de um talento
só sei não saber
Não ganho nada
na marquise do sucesso
faço morada
Sou assombração
de retovisores alheios
Objetivos subjetivos
do caminho, da corrida
largo no meio
Sempre correndo
Sempre perdendo
Sempre sofrendo
Sempre sorrindo
Será que a vida
acha isso divertido?
Quanto mais fé
menos conquistas
mas sempre sobram fichas
a serem jogadas
todas
devidamente
perdidas
e mal amadas...



-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/-/
Fracassados somos eu e a preguiça
que temos medo de morrer
mas acordamos todo dia
(despertar em água fria)
e o Murphie, quem diria
fica com pena toda vez
quando percebe como nós
perecemos vergonhosamente
da desgraça do "todo dia".

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Porca+Mente+/-Parnasiana


Dedilho mais que explico
más tecladas e arrepios
backspace amigo
but back to space
eu sigo...

Dia dos Enamorados

...isso pouco importa
a coisa é que há essa data torta
coisa tola, não dou corda
Por que todo mundo insiste em fomentar?
Mas como manda o figurino social,
como vestir preto em um belo funeral,
devo exaltar-te com poema magistral
daqueles que você compartilha em rede social
e teu amigo posta
"SENSACIONAL"
mas teu alvo nem dá bola...
Eis o desafio
te fazer sorrir
antes de alguém clicar em curtir
te ruborescer a face
sem você perder a classe
tornar teu mundo mais feliz
com esse poema de verniz
e torcer pra que tu compartilhes
o sentimento e a poesia
porque tô concorrendo a uma camisa
que se eu ganhar
juro que vou te dar!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Morfético Sentimento

A vontade é de explodir
correr, escorregar e cair
Pular do alto do prédio
vacilar no ar, planar
despencar do alto de mim
Justificar a morte com tristeza
falsificar o amor por um momento breve
embriaguez sem sentido mostra
quão vazio de certezas
vive a vida
todo dia
sem um pingo de beleza

terça-feira, 22 de maio de 2012

Traduz Minha Calma

Destino
dai-me o alento necessário
para manter o moral de pé
vestido em terno de linho
de peito estufado de boa fé
Destino
marca meu passo
livrai-me do embaraço
de estar só contigo
sentindo o vazio em coletivo
Destino
me tira o medo do medo
a preguiça que me domina
a fugacidade dos meus momentos
e me traz de volta pra vida
Destino
sou eu menino
evitando o meu domínio
da arte de levitar
que me impede de decolar
rumo ao meu infinito
Destino
um dia me dá tino
pra eu chorar sozinho
por tudo que fiz no meu caminho
e estar satisfeito de ter acabado de chegar
seja aqui
seja acolá.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Falsos Montes Não Veem Horizonte

L'amour!!!
Amor intransitivamente instalado
coordenadas assimiladas, parto
em busca de um sentido que nunca vou encontrar
Incensatez gostosa
devo morder a uva e deixar escorrer
pela alma minha voraz satisfação
de ver ela existir
ir e vir
Pelo aroma suave, exalado de meu coração
infortunio bom de viver
Razões outras desconheço
para deixar a euforia fugir pela janela
Bailo com a insegurança
velha inimiga que hoje ri ao meu lado
Ah as flores, como estão mais bonitas
o Sol pisca pra mim
Marte inveja minha condição
Vênus me da força
e a Terra fica pequena
meu sorriso é grande demais pro seu curto território
Cornetas berram alto
meu Amor está vindo
sinto o arrepio
o corar
o secar da boca
e o desejo incontrolável
de ser companhia
sem beijo ou trilha
só Ela vai me bastar!

---+---

Eu e Ela
somos tudo
somos nós
nó atado
duro de separar-
nos
do Amor
que não nos prende
não nos pertence
você entende?
às vezes
nem a gente
fazer o quê!?
nós?
ah...a gente sente!
...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

A{só}S |sinta|

Nós escravizamos as coisas com palavras
e quando não são coisas
angústias e sentimentos
escravizados somos todos
pela falta de sentido
que é querer significar
o intangível
Nossas cercas tem poucos metros
mas ao olhos do latifundiário ditador de significados
ela vai longe
"Vê? Significo até onde seus olhos alcançam"
Mas meus olhos enxergam além de onde alcançam
e lá, no além
infinitas terras férteis de sensações
onde teus cabelos ficariam de pé para aplaudir
tamanha ignorancia sua em querer saber de tudo
para logo poder nomear
Tolo é o homem que insiste em curar angústia
tentando entender o inexplicavel
para dizer o indizível!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Tolorido

Nas graças da pintura
traços fortes em xilogravura
os pincéis a flutuar
margens a ignorar
Traço forte e delicado
do branco faz surgir
finos cortes coloridos
minha alma a emergir
Telas e cavaletes
sinceridades e falcetes
Me jogo em tonéis
de tinta fresca
Ungido me sinto fecundo
Sou eu todo cores!
Deixando rastro de luz
em cada canto que vou
o pincel traduz
Nunca certa é a rota,
dependendo onde passo
minha cor desbota
Prefiro marcas mais autênticas
Cinza belo quando é frio
vermelho vinho quando esquenta
Acho chato o cubismo
linhas retas, pouco lirismo
sabe mesmo o que me contenta?
Arte hippie dos anos 70ta!

Porvir...

Roubaram o meu violão
Disseram que isso vai me danar
Mas não acredito em danação
Em outra viola hei de tocar!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Chatas Desinteressantes


Dançando no escuro
de olhos cerrados
perigas ver
de tudo, muito
menos o esperado
Apenas o de sempre
O cerrar das pálpebras
são como palmas
oferecidas à escuridão
Sacodem a festa
dos espectros de esqueletos
firmes e flácidos
tácitos, se espalham
Esbarrar é necessário
dançar não
se envolver no tecido
das emoções
perigoso
Lembre-se do breu
teu
onde sorrisos e carinhos
transformam o cego
em réu confesso
Bailamos todos!
Preencher os espaços sombrios
com passos tardios
coreografias, vazios sonoros
pés que se arrastam
colados com calçados ímpares
Nunca serão pares...
Até o momento
o sinistro está a contento
enquanto as trevas ocupam
os cômodos do teu âmago
choroso e triste
festeja migalhas
pois não há
luz
que faça tudo
ver, significar, clarear
a escuridão do lugar
Interruptor florescente
se faz presente
ao meu lado
mais ainda não posso
cometer esse ato:
o suicídio da escuridão
Há de ascender!

domingo, 29 de abril de 2012

Concluente

Não,
não sei lidar com as pedras de Drummond
Não enxergo as cores de Mondrian
Não sou valente como Gengis Khan
Não faço canções como Djavan
Perco todos os jogos no Maracanã
Estaria na revolução de Lúcifer
mas seria tão traidor quanto Judas o é
Engraçado como Woody Allen
neurótico e inseguro demais para dar no pé
Burro como um texugo
Lindo como a Regina Casé
Nas palavras eu me escondo
sei bem como é que é
finjo talento absurdo
mas não passo de um mané!

Ganhos e Pétalas

Drastica mudança de planos evitam proveitos
odiosos
Desde os primórdios os manés se endireitam
em certos casos
Tantos movimentos em prol do nada
culminam em rugas e rusgas
Tu estás sem nada!
E vai parando aos poucos
de conseguir conquistas
de merecer as pistas
de um caminho formoso
pra dentro de ti
E tu insistes
e segue
mambemde e claudicante
tropeça e voa
Os abismos aumentam as dificuldades
passar para lá é pica!
Não deixe de encher os pulmões antes de sofrer!
Findos horizontes justapostos
a sonhos idosos de rostos
mofo malcheiroso
do fundo da esperança que rega
o parâmetro sedoso da inércia
Façamos como os outros
quando não pudermos mais ser nós mesmos
dando como morto
o fugaz sentimento de consolo
de que nos reiventamos para sermos
cada vez mais
tolos!

sábado, 28 de abril de 2012

Arpexis Lavado

Remoinho o pior de mim
redescoberta frase
O quinhão ou o pior
Dentro
D'Eu

Dentro de mim o pior
Saruê!
Olha o tenor
Berra trova em dor menor
Ai de mim
pormenôr
Rotina cheia de gelo
Desmembro frutífero pomar
forma dor
só dor
nemesmo
Martir!?
quem me dera
Sigo a do eixo
Angústia salta do peito
Mordaça a despeito
Eu .
Sou

Meu
Tratado de dor des illes
 na beira do mar
a chorar
vai faltar
muito
pra isso passar
daqui pra lá
há muito
afago
pra se afogar...
.
.
.

Forbes

Inimigos
será?
Som com duto
de ar
Ares que signos não são
Fora do cabimento
mentolado sabor
respeito mútuo?
Nunca mais!

Dolores Sanfona

Desacredito
Acredito
Desacredito
10 acreditos
Desacredito
Acredito
Desacredito
Não acredito!
Sim, acredito.
Não a cre di to!!!!
Credito
ao verbo
ao confiar
ao sentir
sem sentido
até quando?

domingo, 22 de abril de 2012

Dar-me Imolação

Das pesadas albuminas do prazer
aos inventos ideológicos do tesão
Tudo vira pó
Frutífero pensar, constantemente
mudando de direção as vontades
de intenção as saudades
matando de sede novos rumos
Sintetizo mau agouro em pílulas
ternas e fofas
de grosso calibre
imaginando como seria se fosse
livre
O voo da garça marca
o início da farça
sem máscara
tudo fica sem graça.
Na dúvida entre o certo e o errado
nada faça!
Chute o pau da barraca
chame o policial de bunda mole
e disfarça
sai de fininho
pro lado de lá da praça.
<->
Porquinha quando nasce
fica cheia de ilusão
Parafuso quando enrosca
enche a porca de tesão!

sábado, 21 de abril de 2012

Jeito EssE

Que poesia ler
dizer, fazer, comer, morder, sorver
sobrev...oar
aqui
pra vocês
agora
?
Antes fosse na escola
bem cedinho
primeiro soneto aos 4 anos de idade!
fazendo haikai aos 7, com uma velocidade...
Recitar e poetar
Poetar e recitar
Criar, fantasiar, comunicar
Chorar, envergonhar, maltratar
Sorrir, gargalhar, exaltar
Amar
Poesia

domingo, 25 de março de 2012

Estalando os Dedos

Hoje encontrei com o homem mais triste do mundo.
Entre muitas exclamações, conversamos animadamente.
Seus olhos eram os de um menino com uma caixa de lápis de cor sem ponta nem apontador.
Me confidenciou amores inalcançaveis e como era bom em findar angústias com drogas pesadas.
Passeamos entre nuvens brancas em céu azul.
No fim do passeio, e da conversa, após me explicar como foi feia a sua briga com a esperança, ele me diz um segredo que divido com vocês à revelia de sua vontade:
"Caro irmão, sabe quando sou o homem mais triste?"
e com um largo sorriso completou
"Quando ouço bom Jazz!"

Numeral Alegórico de Silêncio Prolongado

Ser eu não sei, eis a questão
Num posto simples de imconpetência,
um guarda noturno esperando o sinal
que não vem...
Desastrado causador de impropérios
desventuras e angústias
sempre insolúveis
Durmo o sono dos justos
que pisam a cada dia essa terra
de baixo pra cima
e além dela
Solidão em meio a multidão
Individualidade enrijecida
Um devorador de egos, carnavalesco da tristeza
Máquina voraz que produz
infinitas gotas de lágrimas por segundo
que ajudam a semear sorrisos ao longo da via
Vida, doce, Vida
me diz, minha linda
onde é o final da tua linha
pra dela fazer rabiola
colorir meu céu
mesmo que só até a aurora
dos fim dos tempos
meus, seus
mas até lá
simbora...
- Crash -
Aproveitando incejoso movimento
alego inocência antes de abrir falência
Que tudo fique bem claro
não sou afeito a lições baratas
porém, antes que tarde fique e escureça lá fora
há que se convir
na atual conjuntura dos fatos
excluindo-se os patos tranquilos em suas lagoas
eu sou apenas um
magro, novo, elástico
navegante primeiro dos mares de meu corpo
primeira locação
com vista para o mar de cores e realidades congruentes
já semi novo, admito
bem menos inocente, cheio de marca de tombos
sem atrativos aparentes, pouca beleza e muito móveis velhos
em meu interior
espaçoso e frio como o entardecer do Outono
Um péssimo negócio, o melhor que se pode encontrar
em dias tão nebolosos
em que a Luz tarda a brilhar.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Perigas Piegas

Paralelas tortas
se encontram no infinito?
Divides vida com ontrém
mediado por fina parede de vidro
Do lado de cá
o lado de lá parece límpido
Do lado de lá
do lado de cá parace vinho
Entorpecendo olhares
avançando aos pouquinhos
Até que o vidro se quebra
a parede revela
o que pensou baixinho
Dois lados de diferentes moedas
tem o mesmo valor
O abraço recepciona
mais uma história de amor!

domingo, 18 de março de 2012

Drama Morfético

Da vontade de nada ser
os minutos seguintes precedem
Outra vez vazio de serventia
Permita-me dizer muitas sandices
inumeras formas vacilantes ocupam as paredes
de salas com iluminação parca
Esses momentos bruxuleantes são constantes
velas, luz vacilante
Altares egóicos adornados ricamente
Fato costumaz de pretéritos imperfeitos
Até quando formar mentirosos bachareis
de conhecimentos mundanos porém férteis
de significações elevadiças e totalmente valorosas?
Um desperdício de talento!
Mais fácil seria reunir a galera em torno de um tambor
pedir a todos que arranquem seus instintos pela cabeça
e girem sem parar.
A ciranda que um dia já foi pra dançar
hoje te faz tremer de tanto controlar
Eis o cíclo da vida que te apresento de dentes arregalados
e de olhos cerrados...

Nem sente dor...

Da noite fria e curta pula um pecevejo
Perseverante em sua luta, desfruta
de imaginário mundo de faz de conta
Um mar verde que de negro se veste
contra toda peste ele mergulha fundo
Entre cobras e grilos falantes
cantantes cigarras, iluminação pública de vagalumes
Sabendo pouco sobre o aqui fora
selvagens pedras se erguem acima de sua mente
nem sente o crescer do maior dos seus predadores
e de seus amigos e inimigos
A noite se afunda com toda sua pulgência
e o pecevejo persevera
contando cada vez menos com sua vida certa
e curta
inserido na fauna pura e na flora exuberante
nem mais espera pelo instante final
em que o perfume da sua eternidade
vira o fedor que nessa Terra perdura...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Foi Onte

Dia da poesia...
passei em branco
pura prè(in)guiça
injustiça?
Na armadilha pisa
o 10x - A ->visado
tradição tra ou hindús
um pokin Diego
Trartú tu mermo
pa fora
e
apaVrOA!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Confesso Novos Horizontes

Da simplicidade ao movimento
As transformaçoes escorrem pelas gotas da transpiração
necessária para conquistas incríveis ou fracassos categóricos.
Nisso tudo tem você e eu.
As pilhas de vantagens em ser um mano quieto na sua voracidade em percorrer espaços vazios de sentido dão incentivo e misturam olho de cozinha a momentos inesquecíveis de pura paixão líquida.
Os espertos que me perdoem, mas deixar ser pão duro no pensar é qualidade rara entre os terráquios de hoje.
Palavras de talento raro, quase indelével, mesmo que isso não signifique muita coisa ou tenha a mesma correção significativa de um Aurélio, não o Miguel, novinho em folhas pardas, se perdem embriagadas pelo sucesso de serem lidas, assimiladas e aviltadas pela interpretação tosca de um alguém vil, sem economia de preconceitos academicistas, que tudo sabe mas nada vê.
Torço pra que um dia placas de pensamento provoquem terremotos nas américas, rachando a terra(e a cara) de baixo dos pés frios dos zumbis tecnomidiáticos.
Com o perdão da palavra pura e a honestidade do político polido, dispeço um trago da vida por uma carreira de alta voltagem de misticismo metafisico do entretenimento interativo.
Sem mais...

terça-feira, 6 de março de 2012

O bom ladrão furta cor

E as cores desse desenho
falam movimentos e ditam caminhos
percorrê-los é preciso
colorir o dia como fora outrora
Tantas auroras
Belos amarelos
Infinitos verdes
Azuis rouxinóis gorgeiam por aí
Sabiá que vermelho faz gozar?
Não temas o preto do teu medo
nem o negro da pele ao lado
Esbranquiçado seja tua paz
Ensolarado arco iris de bondade
e felicidade
te prometo
vais encontrar

Não Tem Pôr Onde

São tantas as saudades
muitos os amores
q nem diversas dores
pude curar
Duro me parece o mundo
imundo de gente
sujo de maldade
coberto de atrocidade
e fértil de esperança
Flores e diamantes
encontram lugar comum na lama
Meu torço tem recheio
carrego no lado esquerdo
minha bolsa de recomeço
apreço pelos detalhes
me encontro no estrago q tudo me faz
trago os fiapos
mordo o lábio
lágrima q escorre
tanto qnto de frio eu tremo
sombra escura nasce de sol brilhante
e tudo se repete
tomara
até q meu corpo morre

Mundo Escarlate

Old school
velhos tentos
bons ventos
não sopram atrás
mar bravio
safadinho
Ademais
Frutífero, sem cartilha
Antagonismos de calcinha
Aviltado, EU?
Me faz cosquinha?!
Pára!
É mais do mesmo
de novo
...
Passaros metalizados ofuscam mortes afluentes
para lugar atum!
Brisa levemente florescente
me diz o errado
estado mental prejudicado
sensibilidade humilhada e chorosa
lacra teus dentes em bocas quadriculadas de vergonha
Agora olha pra cá
Isso, vira o olho pradentro daqui mesmo
O que te parece?
Mais daquilo ou um pouco menos disso?
Me diz, preciso da ausência de opinião
só então...
só então
só serei
só seu
só se
for

Emancipado Palavrão - Demasiado Atraente

Lancei fogos
um artifício
Aos pombos
milho
Migalhas de pueriu sofrimento
mais um tento
Gol do coração,
Anulado!
Impedimento!!!
Se viu, viu
mas assovio ouviu
certeza ilusória
de quem ri e chora
Situação simplória
dá toda hora
sem jeito nem livramento
que faça ir embora
Bico calado
treino o xaxado
pra ver se teu corpo...
Rebolo
os quadris
tentarei atingir meus fins
injustificaveis pelo meio
atrapalhado no começo
do final dessa história
Senhoras e meninos
é chegada a hora!
Respeito é bom
mas meu coração não gosta...

Construção Subita ou Nome A propi A do

Calamidade que Atrai
Raramente Louca
A'M'A e Retrai
Temo o Instante
Nela Sentia paz
agora
entre nós
sentimento no diminutivo
é ruim demais...

Na trave

Que vontade de falar com ela...
nem poesia consegue sair daqui
que me faça ir alí
no verde de seu status
on line
dead line!
Queria tanto...
Ela faz falta
e como....
Uma amiga e tanto
que hoje
tanto faz.
Mas o verde é esperança
que não perece jamais!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Seria o Sério?!

Ganhou?
Perdeu?
Que time é teu?
Não faz essa cara
foi vc quem prometeu
não adiar mais tua vitória
por causa das voltas que o mundo deu!

Tiro Surto

Non sente
Contra sinto
Nada daquilo
Tiro surto
Azul marinho
Calo, consinto
Revés assíduo
Grito, agito
Mais du Mesmo
Aqui, asílo

Horas atrás...

Daquela de antigamente
Mais que dores, Dolores!
Movimento lateral, dobras mortíferas
de dentro do Umbrau.
Fértil baunilha aniquila sonhos fugazes de quem veio só pra ontém.
Fulguras figurativas
finitude fabrica
teus olhos domina
faz bolhas acima
De forma que...
...
Trata de montar na tua cabeça
e vague pela casca de nóz
que faz de nós
mais feróz
no querer.
Quilo ou não quilo?!
Fez-se esquilo!

Rapina Avoada

Buscando rugas de tempero pelas brechas dos sentimentos
saltam aos olhos a distorção serigráfica
Iconoclasticamente dionisíaco,
mera discrepância maculada por Sóis
Tantos deles quanto formigas em bolo quente
Maravilhas encontradas por aí
serpentes coloridas, joaninhas aladas
Sabe como fazer o inverso de você?
Muito mais retumbante que a própria imaginação
muito menos brilhante que a palma de sua mão
Escolhas feitas sem registro
se acalmam loucamente
estatizadas, incoerentes
no fundo, no canto, repousando
do meu próprio coração.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Tecido Epitelial

Se logo eu morrer
de pronto, subito
deixo aos surdos meus discos
aos tristes meu largo sorriso
e ao mundo a lacuna
o vazio de mim
a sombra que tive
o coração de pernas tortas
vagou, tropeçou
nunca se achou
navegou e parou
Fica aqui amordaçado
subjulgado, martelado
injustiçado!
Àqueles lindos intrometidos
a quem deixei folhear meu livro
e não entenderam a piada
deixo indicação vaga
se precisar, no alto duma placa
"Vocês estavam certos
era mesmo um mala"

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Ugho

Ah, os amores...
os sabores...
sem pudores!
Libertos pássaros
multiplos...
sedentos...
tarados!
Cavalgo suas asas de veludos
adaptados sempre aos voôs
cor de marfim
ou opacos e foscos.
Porém
amores.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Um Bem

Pega teu orgulho
põe na mala
e vai viajar
mostre pra ele novos lugares
apresente novas pessoas
faça carinho na hora certa
bata se necessário
e quando ao cume chegar
pegue-o devagar
e atire-o ao mar!

Tra Ma

Som
atória
dum
tudo
mundo
mudo
Morada
A
rancada
passargada
des
florada
morda
ça
va
bien?!

Profundo Lilás

Festa em mim
aniversário
primeiro
nunca antes nessa vida
dançou-se tanto
em mim
de alegria e tristeza
que juntas
geram poder
como os anéis que invocam o planeta
produzem energia tamanha
e eu não tenho mais
pra onde correr!!!!
Um lilás tão profundo
ajuda a entender...

Entremeados Ladrilhados de Frestas Porosas

Trago a tequila
...
cara feia
o calor sobe
lágrimas invadem os olhos
o gosto vem devagar
...
Somo à angústia
um pouco de balburdia
que daqui um pouco há de rolar
a noite não promete
nada
denovo
(dinovo)
Me vejo falando sozinho
no espelho afixado
no alto da minha moral
ética?
sei não
metamorfose do ambulante
...
cadê aquele contato?
cadê a entrega?
onde foram parar meus sapatos?
Me fez de otário?
Fui feito babaca no fim dos tempos
e da picada
sempre peço 10 culpas
quando não tenho nenhuma
será o benedito?!?!?!
...
Sou macio e fofo
sirvo também de forro
Pêlos, cerdas ou pontos
a variedade é grande
porém não valho um conto
Pés? Os amo
e deles só tenho a sola
Queria um dia ter o mindinho
o beijaria com carinho
antes de voltar pro meu lugar
capacho? eu? JUSTO EU?
prefiro a poesia
que me faz cortês
me permito ser piso
sem descriminação
à quem possa acreditar
sou tudo isso
de coração!
...
Tua pedrada fere
minha telha
porém o revés é carinhoso
sorria pra mim denovo
que volto como cachorro
e, amoroso
beijo e lambo seu pescoço...
pede!

Ressaca

Tá difícll
parece que não vai dar
lá não tem luz
você se perderia facilmete.
Discretamente desapareço
num fade out lento o suficiente
pra sumir à francesa.
Sem vontade alguma de voltar
arrasto correntes
rastejo no chão
não vai dar
não mesmo.
Abre contagem
daqui a pouco acaba
certeza
e vai parecer um sonho
de uma tarde ensolarada e sorridente
pós praia
na rede de molho
e
se alguns estiverem certos
começo tudo denovo
talvez forte
tomara com mais sorte
pra errar muito outra vez
se não
me recolho
e volto um repolho!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Moleque Ula!

Sou marisco
tua mania voraz de pensamentos fúteis
martelo nágua movimento
sem propósito
mordisco
Anzol baila
nuvens de minhalma
motivo pra derreter
trotar até nunca mais
formigar na tua presença
jogar playstation até o amanhecer
ás da guitarra em teclas coloridas
cerveja na esquina
noitada na lavradio
cachaça
zigue zague
tordesilhas fora assinada
daki não passas!
pasto fértil, vaca mimada
mimosa avelã de gosto duvidoso
Saboroso tormento ébrio
do maluco da esquina
que canta sério
há de acabar um dia
do nada
ao lugar algum
como diz Anak Su Namum
Imothep
e os mortos q zanzam
por ai a dizer
meu cérebro não vive
sem vc
óxigênio
con tanta fumaça

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Desejo Sofrido Difícil

Me olha
provoca
e toca
a pele minha
arrepia
sussura
astuta
fissura
encontro abrigo onde não...
devia
ser minha
todo dia
pois não!
Quero
não quero
nem sei
saber
Preciso
o umbigo
mamilo
desliso
um sonho
te ter
Não quer
mas disse que sim
foi vestida
volta nua
suo
provoco espasmos de prazer
tua imagem
uma faca entre os dentes
detalhe
mordo tua boca
vc é minha!
nunca serão
angústia
peito abafado
coração palpitando
e vc nunca vai me dizer
o que eu quero saber
continuo
contínuo
desde a primeira
linha
lá em cima
ad infinitum...

Picuinha Sem Linha

Estrela carente
de fala eloquente
quase fica sem o dente
que a faz brilhar.
Um cara valente
um pouco impotente
porém sorridente
a fez escorregar.
Agora o céu é escuro
vi isso de cima do muro
destruido por um murro
de quem esqueceu por um segundo
o significado de amar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

VV

"(...)em um tempo
em que saber
doia."

João das mil faces

Já te viu encurralado entre duas lanças?
Mordeu tua fronha como se fosse de prazer?
Arrastou suavemente o rosto do teu inimigo na parede de chapisco?
Amou mais que deveria?
Caminhou menos que esperava?
Formulou a melhor forma de mudar o mundo sem ser afetado?
Então vc sabe do que eu tô falando...

Master pici Pesa

Exercício solo de livre mastigar, adaptar cada centímetro no parafrasear do mesencéfalo.
Exercício curto.
 Magérrimo esqueleto a quem empresto caráter e uma ética controvérsa um dia me arregalou a cara.
 Andou sozinho pela madrugada.
Morte aos abusos literários. Toda vez que entro nesse campo ele se encontra devidamente minado previamente (e com razão) por espertalhões que ousam furtar pulsões alheias.
Cortem-lhe a sintaxe!
Impossível não notar o mal estar que escorre pelo tinteiro de quem ama letrar.
Óh, pré-potência de quem muito desdiz, virai teu alvo para bundas sem verniz!
Achato meu binóculo e chego mais perto. A visão é ótima, apenas fumaça, pontilhados e um punhado de desgraça.
Palmeei bem prum desconfiado início.
Mórbido? Coisa nenhuma.
Trágico, notívago, ínsone, maltrapilho
moribundo? Talvez
porém....po rém
pós moderno...adorno...marx...
enquanto isso, nalgum lugar no nariz...
ri, nitch!

Marte no Mute

O limo entre os azulejos que forram a parede de mim,
esses tem sabor especial.
Patifes condutores de emoções
paulatinamente percebem,
na minha presença,
caramelados gemidos de velocidade.
Rufaria os tambores
na direção do uivo que te arrepia
se tua pele sentisse
sede de saliva?
Mostra teu salário
da altura do teu salto mais baixo!
Fatídicos falos
a aplaudir monumentos vagos
Astutos somos todos!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Desdizendo de repentemente...Minto!

Dos circos vistosos
horizontes cumpriiiiidos
Lonas coloridas de violeta amargo
Preço pago
Paternidade assumida
caso festeiro
Só por hoje...
Como conta todo alfabetizado
viciado mal humorado
porém enamorado
(menina de fino trato),
você me conte um fato!
Amargurados os pequenos
desse e daquele
pedaço de sanidade
faço das suas
minhas
palavras
Dá-me um pouco de tino
que resumo uma festa
em uma garrafa de tinto!