quarta-feira, 26 de junho de 2013

Tudo Na Mesma Mudança De Sempre

Maltrapilhonismos e satanismos à parte, morfologicamente falando, tá tudo uma boa merda!
Posterior ao tratado de tortas ilhas, fingindo ser mais importante que Breton Uds e sentimental tanto quanto o muro de Berlin, as peças desse jogo tosco se movem.
- Esqueceu de regar as plantas da varanda dos seus sonhos imundos. Volte 10 casas - 
Tudo é motivo para boas risadas, não acha?!
E se voltássemos com a palmatória, você chiaria ou jogaria novamente?
AH! Falar dos mortos é facil. Esquecer do sofrimento das mães no túmulo dos seus filhos, jovens bravos e sem corpos a velar, é tão corajoso quanto empinar pipa em terreno aberto.
Deixa de ser mesquinho e vibre com a seleção!
Nunca teremos mais gente na rua do que formigas carregando uma pera em pique nique no ibirapuera.
Que fique bem claro: todas essas ondas de manifestações são fruto de uma debilidade intelectual dos nossos antepassados!
Sem mais nem menos, como comecei, termino. Do nada! 
mas com tudo em cima!

terça-feira, 25 de junho de 2013

Tic Tac Tou POW POW POW

A cada minuto
sessenta segundos
de uma nova estória.
A cada sussurro
é só mais um burro
que pisa na história.
A cada mergulho
um menino escuro
vai preso lá fora.
A cada distúrbio
do governo o recuo
estopim, barril de pólvora.
A cada insulto
o povo de luto
reescreve seu futuro
desviando de bala de borracha
e tiro de pistola.
A cada número
omitido na nota
a população bola
pede mais escola
na rua se revolta
cansada de esmola
marcha pra vitória
enche horizonte de glória
e o país de orgulho.
A todo minuto
é chegada a hora!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Daquedas de Sempre

"Doce como a dança!"
Em meus delírios assoviei.
O verso certo nessa andança
se esse, nunca saberei.
Só senti essa pujança
de falar o que falei,
para essa moça de nome Ana
que não sei por onde anda
mas meu carinho dediquei.

6 Culpa

Cidadão, manifestante, fascista, ufanista, estudante, proletário...
tudo junto ou separado,
certo ou errado,
me julgo culpado:
Sou poeta!
Pode descer o sarrafo.

Revolucão 1/2 666

Eu quero ouvir o estouro da boiada
a água descendo o morro
levando tudo em enxurrada

Eu quero ver o fogo arder
de um baque surdo e só
a fundação estremecer

Eu quero que tudo se exploda
o raio que o parta
e o cachorro que te morda

Eu vou me esgoelar
até o fim do mundo
eu vou gritar e vomitar

Até que tudo volte ao normal
outra vez.

Eu quero...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Anda Manda Outra Vez

Pronto!
Sim!
Fim!
Reticências...
Bifurcação
Dúvida?
Escolha!
Pra lá ou pra cá?
Não!
Determinação.
Tem um pouco para todos
Menos um para poucos
Sobre todas,
a virtude,
de Ser ponto
ou virgular.
Continuar...
Ontem eu vi
num filme
que na
Índia
Paz é
sinônimo de
Movimento.
Então,
CORRA!
ou morra pois
estagnar é
Nunca
a Paz
alcançar.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Stô Nem Aí

Dura essa vida de pedra
que tanto mar bate
até que fura
Fulguras escassas ao longo da vida
que tanto mar molha
até que brilha
Gente musgo se encosta
que tanto o mar olha
até que leva
Sentimento em forma de cascalho
que tanto ao mar joga
até que afunda

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Ordinário Sopro

Axé, Evoé, Guaxupé, Tamandaré
Itapemirim
Sagui, Muriqui, Birigui, Juriti
Araraquara
Santa Fé, Praça da Sé, Canindé
Belo Horizonte
Moçoró, Cabobró, Xororó
Ananindeua!
Inviável pela semelhança física
espaços dotados de carisma
por onde sai o som
Delírio sem força mística
unidos pela única característica
de onde vem o tom

sábado, 8 de junho de 2013

troça desprovida

é verde, alivia e dorme
enorme vontade de amarelar
dois pra lá, dois pra cá
deixa-me explicar
essa coisa cinza
na esquina
é de um vermelho tosco
não tem joão bosco
que a faça melhor
quebra de ritmo é bom
muda o tom da conversa
deixa a coisa mais serena
cada vez menos frequente
a antena
é substituída por cabos
e rabos salientes gostam da mudança
só não perca a esperança
de ver desnudada a moça
que espanta tua fossa
depois de ver aquilo rosa
entre suas coxas grossas
entumecida tua glória
enorme vontade de...
amarelou!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Coroa Emburrada

Sei do que não vejo
prefiro afirmar que sim.
As incertezas eu viro do avesso
pois é melhor assim.
Para mim, o mundo são favas contadas,
por histórias bem amarradas,
caminhando para o seu fim.
De que vale a clareza
de ter menos certeza?
De que valem as dúvidas
se há tantas verdades à mesa?
E não me venha esclarecer!
Sou rico de viver,
sei de tudo que há pra conhecer,
e não é agora,
perto de perecer,
que hei de voltar a viver.
Sou senhor de minha muralha.
Rei de uma fortaleza intacta.
Não há de me convencer!
Já é tarde demais para sonhar,
ou o rumo do mundo (tentar) mudar.
É chagada a hora de calar
mas sem antes constatar
com um surrado coração que diz:
'A vida foi boa, meu caro
fui triste mais sou feliz.'

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Pelo Final das Contas

Tem dia que
a poesia
não
acaba
Tem dia que
a poesia
não
sai de mim
Tem dia que
a poesia
some
Tem dia que
a poesia
dorme
Tem dia que
a poesia
...
Tem dia que
a poesia
é só
escrever