domingo, 27 de fevereiro de 2011

Cafifações de Momento

Hoje ainda é ontem.
Porém hoje, já é amanhã.
Amanhã, daqui a pouco, será hoje.
Ontem, também daqui a poco, será hoje.
Na verdade ontém já é ante-ontem.
Ontem é hoje.
Amanhã é daqui a pouco.
Amanhã ainda é hoje.
Hoje é ontem e amanhã junto.
Amanhã é hoje e ontem junto.
Ontem não é amanhã e nem hoje junto
muito menos amanhã.
Depois de amanhã é segunda.
Tudo de's'novo...

sábado, 26 de fevereiro de 2011

1ra Tentativa de Sucesso

eu não me destaco
tanta gente, tantas cores
eu opaco
Traço planos incertos
traduzo pra poesia
antes de dar um trago
no cigarro que me consome
e me da fome
antes da dor que some
junto com a fumaça
que disfarça a minha desgraça
eu sou uma farsa
travestida de esperança
tão brilhante como uma pedra de diamante
na mão de uma criança...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Canto da Virada ou Minerador de Rua

O voo da gaivota me faz cantar.
Triste sonho alado que não vai voltar
História passada a limpo
Segurança recuperada
Parto pro garimpo
Nas minas das esquinas, praças e becos
Contatos secos me estimulam
a achar carinho
No colo de quem não merece
tal apreço
Corro os riscos
Faço rabiscos
pra mostrar zelo
por cada gotinha de gente
que passar na minha frente
quando estou sozinho

Ainda não travei!

Tamarindo
Tavarindo
Tragolindo
Maldito traumatismo
Que me faz foz
fruindo letras aglomeradas
por feliz incompetência
Namorado do infinito
mármore estrelado
Nos pontos eu naum paro!
Daqui um pouco vou tremer
de medo do fim
Agora, gemidos de alegria
pela dor de cabeça
tormenta tranquila
trator tristonho traduz trivialidades
Não perco essa mania...

O Sol, a menina e a pedra

Narfraguei nu mar bravio do marasmo
Respirei no doce colo da menina
Ela me tem sincero
O Sol observa quente
a altura dos nossos sonhos
Eu ofegante
Ela disposta
Nóis nus compreta
nus movimento que troca
de lado ar motivação
pra disparar até o cume da vida
só por um instante...

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

AxxxTE-RISCO

Vi no teu rabo, foguete!
Astucia intragalática
Breu...
Forquilha estelar
Oportunidades de lucros orbitantes
Fim de linha
Inicio de prazer
eXXXplorar é preciso
...

SacodindoAcachola

Pardi o furor
Amargura rosa
Trampolim pra onde?
Num shei u qui vi
Pra onde foi tudo
Era brincalhotas a cada teclinhada
Rodopios mambemes
rocambole docinho saindo do forno!
Tavolinhas tudojuntopalavras
raspo o tacho!
Tirei leite da minha cabeça
doida de pedra

+1

Ladrão eu
que sempre te roubei
o espaço
a alegria
a inocência
Deturpei tua cabeça
Te fiz sola, sem piedade
Eu amor
Teu sorriso primeiro
Flor de cerejeira
Meu mel encantado
Jóia
nós dois
eramos mil
admiração
carinho de pé
Amei cada pedaço
de momento
de segundo
de corpo
de você

Mares vindouros ão de se jogar
Trajetos oblícuos no bosque da vida
Eterno jardim
nunca vai parar de florecer.
+1

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Efeito Sanfona

Sem alarde
pé ante pé
silenciosamente
com bastante prudência
devagarziiiiinho
Corro!
Pulo!
Grito!
AHHHHHHHHHHHHHHHH
Sinta com moderação!
Vivo escondendo a verdade
falando pra todo mundo
Choro rios de lágrimas
com sorriso bobo de alegria
Busco na solidão
a multidão que há em mim
SHHHHHHHH
fale baixo e bem pouquinho
NUM ÚNICO BRADO DE LIBERDADEEEEEEEEE!
a vida em quadro a quadro...

Sandiçe

Amarelo
Bem amarelo!
A luz entra e não quer sair
Amarelado
Quase mofado
Não pega fogo em mim
Amargo
Deformidade perceptiva
COMA TUDO
Amarelinho
Curto suficientemente
pra caber laranjinha
MUDA O OLHO
Pó de mariposa voa!!!
Amarelaço
Docinho...gostoso
Posso verde virar?
AMARELO AMARELO
Não precisa ficar
Fica, mas vai
VAI E NÃO VOLTA
Amarelo...ouro...Sol...margarida
Grita tua cor
A-MA-RE-LO!!!
Dentro do mesmo
MUITOS
O menos é sempre mais...muito mais!
AMARELO...amarelo...yellow

Na hora da faxina...

Esfregão só me rabisca
Tira mais do que precisa
na hora da faxina
Depois de sofrer baixinho
Tenha um pouco mais de carinho
na hora da faxina
Não precisa de tanto
É só lavar tudo que é canto
na hora da faxina
As mãos são amigas
Contornam com maestria
na hora da faxina
Sem pressa de correr
Toques leves vou querer
na hora da faxina
Me diz então seu moço
Se precisa tanta força e esforço
na hora da faxina
Prefiro carícia dengosa e ter
uma exótica forma de prazer
na hora da faxina

Matraca e Trova

Entremeado por calangos, eu sigo
cantando
Deformidades sonoras proporcionam
encanto
Portador do mistério que reverbera
sem ferir a métrica
Jogo a letra no ar
Doce lamento da meia noite
Sussurros e gritos e uivos
Desafiam o obscuro na dança dos olhares
Presenças ilustres de um banquete para banguelas
Trovador não interrompe o compasso
Pois aqui, fora do meu traço
Junto os cacos de mais uma noite sem muita sorte.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Fatti Tutti!...ou o que quer que seja.

Fatti tutti!
Enrrole a tampa do boeiro
Isso não é difícil
As borboletas precisam voar
Tão plural quanto a 3ra pessoa
suas energias pouco fazem
Instale calhas nos olhos
Destape seus poros
Deixa suar
e inunda toda a rua
com tua alegria mais pura
que todo mundo vai amar
Vem pra fora
Tutti fatti!

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ingredientes

Meu pote de alegria ta vazio
O de esperança quase cheio
Um galho de disposição
tempera o molho de força
que me faz andar
em busca da flor de amor
que vai encher meu pote de alegria!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Pio baixo

Padrão de vida marrom e saídas emergenciais. Tua mobilha empoeirada, família rasgada, orgia vermelha de inútil utilização. Chora lágrimas felizes pois tua alegria vem das trincheiras do nada.

eu menor

eu Não me destaco
Tantas cores
eu Opaco
No mar da vida
eu Me taco
Sem esperar
sofro calado
Na aurora da luz
medo danado
Amores sortidos
som alado
Do outro lado do muro
onde fica tudo escuro
riso safado
De quem nunca foi
feito pra ficar parado
volta...sorriso...tarado!

Lamento, fuga, claustrofobia...

Quero um canto no campo
Que seja verde e longe de mim
Tudo anda meio estranho por aqui
e por ali nada muda
Mudo em mim mas o mundo não
Tenho peressa...a tal inimiga de outrém
Preciso de mais espaço
meu corpo não me comporta mais
Vou pegar uma condução
que vai do coração
para além da imaginação...
Ou será melhor trocar a janela?!

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

É Terno o Terno?

Penso que, na maioria das vezes, nos falta ternura...
Será que é possível ser terno de terno?
Será que o terno é terno?
TER-NU-RA
vendo por essa ótica
acho que não
TERnuRA
Terno é a Terra
TERNURA
TERNOS
ETERNOS
sejamos todos um pouco mais...

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Meu Mundo em Cores

Como faz pra caber aqui?
Tanta força, tanta vontade
Tamanha falta de exatidão
ao mensurar os espaços dos sentimentos
Me sinto enorme como a vida
mas não tão fugaz
Quero o dobro dos poros
Correr o mundo em uma hora
e descansar na beira da Lua
pra ver nascer o amarelo e quente
de um amanhã quente de novas cores
Meu mundo em cores...

Becos de Mim

Tenho caminhado pelos becos de mim
As avenidas e ruas não me apetecem
Nos becos tenho encontrado de tudo
Tem muito mais de mim lá
Perto das lixeiras
...muita humidade
tanta verdade
Nos becos, nas vielas, nos corredores
Passo olhando tudo
Lá eu sei quem sou e só faço descobrir
Nos becos de mim eu sou mais eu

Abraçando o Amigo

O abraço do amigo Carlos Jubah:


nunca a existência foi tão desapropriada
eu choro quando eles dançam
rio quando se matam
e plantar bananeira quando se tem quatro cabeças
é ser uma mesa com umbigo :
nunca a cadeira
foi tão menos cadeira
o outro dos outros:
isto já não podia ser eu

O meu abraço:
 
Na hora da morte ouço teu riso
me sirvo da tua falta de lugar
aqui é assim
dorme quem pode
é feliz quem tem juizo
e o nosso juizo?
Fui longe buscar palavras
que me são caras
como o nobre amigo
Te busquei nos finos fios da poesia
que nos envolve e nos rasga

Bla Bla aBlando...


Uma bola num bolado
Sai'mbalado bolando bonbocado
Bolinha no boldin
Bolin di bombom
Balão bola bolo
Bolo bola botão
Burlesco barbante biruta
Busto bonde babão
Bombinha de barão...