domingo, 20 de novembro de 2011

1%cima

Traguismos insólitos de pura aversão nutrem rotinas retilíneas, provocativas chamas de tendões moribundos, todavia, respirações urbanas gastam vidas cheias de atos falhos.

Tra lá lá Rá tá tá...Má vá!

E se toda vez que tomasse sopa com colher
te nascesse um furúnculo na planta do pé?
E se motivos lhe faltarem pra falar
saberias responder o quê é?
E se na sua rua falta energia
tu espera o banho quente ou parte logo para uma orgia?
E se parasse de pecar
abriria um cabaret?
E se morressem os bons
ficarias com cara de mané?
E se todas as músicas virassem um grito
teus ouvidos se caraliam atrás de um mísero "pois é"?
E se o interlocutor te amordaçasse
teu nome mudaria pra José?
E se essas linhas não existissem de verdade
e tu soubesse que delas vem pouca bondade
teria lido tudo ou "boa parte"?

Ventos positivos balançam todas e as mesmas bananeiras
sempre tem um tempinho pra mais uma asneira!

Mantêga Maneira

Trago mudo vacilante, imundo.
Morte e alopra!
Dedo inquieto, chove no molhado, agulha meu teto, joga a toalha, diz "vá pro inferno!", muda o curso, despensa discurso, fode com força, ativa movimentos centripetos em cima de uma casca de nós tomando um conhaque de marca Moscatel.
Alivia o curso do rio grilo, grelhamentos bundiscos enfileirando moscas mortas cuspindo mordaças aos 7 tentos.
Seriam os deuses risadas do Astronauta?
Motivos brancos de fuligens com origens aquáticas.
De cara pros piratas vestidos de terno de vinho e cuecas raspadas o menino se assusta com tanta canetada.
Ramificados tombos pelas infindas crateras onde surfo eu só, motivado por formigas famintas sem um pingo de dó.
Ói só eu fraseando esterco momentaneo lavrado da minha cuca!
Deixa de ser rabugento, moinho, e venta logo pra cá!

Ícaro vs. Posseidon

Gandes asas se afogam no aquário
Dá-me barro, te entrego tijolo
Do teu mundo muro
manchado todo
tu és um tolo
Dos murros afoitos aceito
todos
Guerra declarada
perdas
almas desamparadas buscam mordaças
ali acham socorro
Bombas e bulimia
sexo numa ponta
na outra nem farinha
Humo nos pratos de porcelana
Poeira sobra no canto da sala
estamos bem com e sem vocês
Whait! I want you
Promessas de zumbis valem comida
sobrevida
sobrevivida
Resta um!
Xamãs antigos sopram na calada
do teu ouvido
Fingir não basta, a carregar um enfermo
nas costas da tua alma
vasta, sem eira nem beira
Caminhando segue uivando
Embaixo dos pés
esteiras
estreitas
esméras
esperas
esparramas
esfolado
esfaquiado
espetáculo!
Celebra hoje o infinito do amanhã
nunca estará comigo
minha certeza é vã
Sufocamento seguido de óbito espiritual
sigamos todos esse mesmo ritual
não faz mal
um poema assim tão sacal
de uma ressaca moral
amarelada tal qual vasto milharal
dissecando momento tão belo
tão baixo astral
quanto qualquer instante banal
O
o
.
Quem diria ser um peixe
quem foi no mais profundo líquido
afogar
as asas tão belas
que voos mais altos
está impedida de alçar.

Alvará à Foice

As angústias são como ursinhos de pelúcia
com uma faca dentro
Rasga minha gardanta a cada carinho
Me leva daqui pro paraíso
faz de mim mais liso
sem pulso a vida é um mistério
e a morte um imenso império
Meu delito? Amar demais
Meu pecado? Achar que posso amar mais
Meu destino? Brilhar nos campos eternos
Me encontro no fim da estrada e me pergunto
Por que não antes? Poderia ter aprendido mais?
Ou fui apenas rejeitado, condenado e desamparado?
Vem logo e me beija, faz amor comigo
te entrego a alma em troca
mas faz logo, não me provoca
deixo de fumar e cheirar coca
como melhor, alface, abóbora
e corto o mocotó
Só prometa que lá será melhor
Tira a tonelada das minhas costas
e dos meus amigos humanos
lutadores sob sol quente
sem se preparar para o que vem pela frente
ignorando as dores q sentem
só pra festejar alguns minutos
de toda sua vida de matutos
brutos brigadores
fazendo dos seus corpos motores
de um mondo que devora a cabeça de seus filhos
com seu inconsciente conscentimento
conquistado com muita compra e cores
Já vejo você
na esquina da curva perigosa
na fumaça charmosa do meu tabaco
nas comidas falsas do meu prato
nos olhos dos meus irmãos
no caminhar desse mundo cão
me agarra antes que me esborrache no chão
me beije a face, me pegue pela mão
me acalme com doces palavras
e corre comigo daqui!

sábado, 12 de novembro de 2011

Ê 6 Zinhos!

Adoro conhecer poetas
esses seres escusos, cheios de metas
Fraseiam aos ventos íntimos segredos
Os que não fazem por merecer
chupam dedos
Um toque de charme e um pouco de doçura
assim são esses caros que uivam pra Lua
Dedilham, rabiscam, mordiscam
Se espremem entre teclas
fazem belos os monstros que em si habitam
Sorrisos belos na ponta do lápis
já pra fogueira com suas vaidades
Pessoinhas tão bonitas esses poetas
Formosos arquitetos de palavras muy belas.

Desferentemente, Fuças

Fugaz sentimento arteiro
me traz um cadeeiro que te esquento o mingau
Falastrão passa mal
Quebra a casca do ovo e acha normal
Fadas assobiam versos nobres
sonoras brigas a tornam enormes
De repente tu descobres
das esquinas enchergas pobres
Enervada elevação to teu bigode
sai de mim, seu maldito esnobe
Pulos alegres fazem vibrar
ruas esboracadas me levam ao mar
De noite tudo se faz claro
dois copos de bebida e um trago no cigarro
a porção de hipóteses ao molho pardo
não se preocupe, sou educado
eu pago.

Hoje um trem passou cantando uma bela menina

Semeadura de instante. Mitos meus somem no por do dia.
Um guia de sobrevivência é aberto em alguma esquina do mundo.
Matreiro que sou, busco ser obtuso nos momentos mais rosas, clareando cada sombra que me aparece na frente.
Clareio mesmo, subo os tons com a facilidade que Orwel previu a ruina do mundo moderno.
Grande cara.
Padeço das enfermidades e das efemeridades desse chão que pisam sobre minhas cabeças todas. Afinal, sou eu, pois moderno de mim comungando com os esclarecidos depois do horizonte.
Martelo a bigorna e esmurro a ponta da faca.
A foice do ceifador tira fino da minha jugular cada vez que você completa uma frase fútil no corredor do shopping.
Lugar interessante esse. Lá todos são felizes, já percebeu?
Carregam seus medos no compartimento ao lado do cartão de crédito, seu humorista predileto. Dançam nuas em frente as vitrines, choram lágrimas fétidas a cada beijo apaixonado projetado em enormes sugadores de sonhos.
E do lado de fora, quem rí por último é quem não entendeu a piada.
Falando nisso, nasci denovo a alguns segundos atras.
A Lua me disse que você iria estranhar as próximas horas. Eu disse a ela que não se preocupasse, esta tudo em ordem na casa dos que tem início meio e...
fim

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Travessuras e Travesseiros

Louca boca perpassa cantos tão obscuros que usa a língua pra ajudar
a entender, a falar, a beijar e a desfigurar
Morta de curiosidade ela continua
Tropeça em faíscas hedonistas, em zonas que de tão quentes chama erógena
A princípio é levada, sem se ligar, já entra no jogo
Derrama carinhos incompreensíveis e se zanga
que venham os dentes
Ai, a raiva, a força
Morde, assopra, lambe, seduz
O trio segue inseparável rumo as alegrias momentaneas
em segundos você já os confunde, são um só
chupam com vigor, beijam com fervor
te provocam
Não basta querer, tem que fazer merecer
os lábios quentes da boca semi serrada
a língua e seus movimentos hipnotizantes
os dentes e sua firmeza na medida certa
Tu se derrete!
Pede mais!
Implora!
Eles não param, são exploradores do íntimo de quem os aguarda
de braços e pernas abertas
Já está mais sério e você não se controla
Um vento sopra teu ouvido e em seguida um tufão cresce em você
se contorce, faz forte, dança em brasas, lacrimeja gargalhadas
a boca beija
a língua lambe
o dente morde
devagar
carinhosamente
fazendo durar o sublime
um infinito de poucos minutos
E no fim
os três se juntam, desgrudam, sobem
sussurram
Quero mais!

sábado, 5 de novembro de 2011

Trajetoria Serpentina e Crua

fui ali em outro planeta rapidinho colher flores pra vc...
onde vc foi colher flores pra mim??
em um planeta em q só se pode entrar, é proibido sair, só olhar pela janela
é redondo mas com pontas afiadas
amontoado de gente legal que não gosta de carnaval
e tem o jardim de flores mais lindo do universo
uma flor dessas tava me contando num animado papo
sabe akela q vc mais gosta?
ela me perguntou as gargalhadas
enviei pra vc a um tempão.
agora leve de volta por detraz de onde vieste um lindo buque de sonhos azuis pra ela
aposto q seu sorriso vai iluminar a tua vida inteirinha por pouquissimos segundos
peguei o buque e tronei a ir, mas agora pra k
toma
sorri
me ama?!?!?!?!
: )

Derramou um pouquinho

nada demais, tudo relevante, pouca poética, muita expressividade, louvor ou prepotencia, marcas multiplas de um ser só, com os fios de cabelo e dedos nas teclas pretas da maquina....
palimpsexto de mim
parangolé de uma só manga, por onde entra e sai do mesmo lugar e passa daqui prali de lugar algum cheio de letreiros convidando para festas animadíssimas com critica liberada a noite inteira
quando eu durmo o zé tambem funga
igual o mosquito que tenta puchar conversa no pé do ouvido, eu faço do meu jeito. Mas levo mais tapas que borrifadas de aerozól...uma pena!
Tarde dessas eu virei uma borboleta. Tive meu dia de sorte: VIVO POR UM DIA! Pintei quadros, cuspi poesias e ladrei ao por da Lua. Fim de papo.
A curvatura das pernas dela me enlouquecem. Chego pensar em navios. Navedo pra fora do horizonte das possibilidades infinitas mas com muitas ressalvas. Já viu barco voando? Parece um avião mais gordo, de turbante e sem risco de terroristas. Terroristas não se dão com piratas...fica a dica!
Agora q já to voltando pra casa, deixa eu te pedir um favor. Quando a tv estiver ligada, o sofá quente formando perfeitamente o formato das tuas nádegas, o noite fria invadir teu peito e tuas angústias te fizerem chorar, grite bem alto dentro de um balde com água e me conte como você será feliz pro resto da sua vida!
Até jamais