quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Abraçando o Amigo

O abraço do amigo Carlos Jubah:


nunca a existência foi tão desapropriada
eu choro quando eles dançam
rio quando se matam
e plantar bananeira quando se tem quatro cabeças
é ser uma mesa com umbigo :
nunca a cadeira
foi tão menos cadeira
o outro dos outros:
isto já não podia ser eu

O meu abraço:
 
Na hora da morte ouço teu riso
me sirvo da tua falta de lugar
aqui é assim
dorme quem pode
é feliz quem tem juizo
e o nosso juizo?
Fui longe buscar palavras
que me são caras
como o nobre amigo
Te busquei nos finos fios da poesia
que nos envolve e nos rasga

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