sábado, 11 de fevereiro de 2012

Entremeados Ladrilhados de Frestas Porosas

Trago a tequila
...
cara feia
o calor sobe
lágrimas invadem os olhos
o gosto vem devagar
...
Somo à angústia
um pouco de balburdia
que daqui um pouco há de rolar
a noite não promete
nada
denovo
(dinovo)
Me vejo falando sozinho
no espelho afixado
no alto da minha moral
ética?
sei não
metamorfose do ambulante
...
cadê aquele contato?
cadê a entrega?
onde foram parar meus sapatos?
Me fez de otário?
Fui feito babaca no fim dos tempos
e da picada
sempre peço 10 culpas
quando não tenho nenhuma
será o benedito?!?!?!
...
Sou macio e fofo
sirvo também de forro
Pêlos, cerdas ou pontos
a variedade é grande
porém não valho um conto
Pés? Os amo
e deles só tenho a sola
Queria um dia ter o mindinho
o beijaria com carinho
antes de voltar pro meu lugar
capacho? eu? JUSTO EU?
prefiro a poesia
que me faz cortês
me permito ser piso
sem descriminação
à quem possa acreditar
sou tudo isso
de coração!
...
Tua pedrada fere
minha telha
porém o revés é carinhoso
sorria pra mim denovo
que volto como cachorro
e, amoroso
beijo e lambo seu pescoço...
pede!

Nenhum comentário:

Postar um comentário