segunda-feira, 30 de abril de 2012

Chatas Desinteressantes


Dançando no escuro
de olhos cerrados
perigas ver
de tudo, muito
menos o esperado
Apenas o de sempre
O cerrar das pálpebras
são como palmas
oferecidas à escuridão
Sacodem a festa
dos espectros de esqueletos
firmes e flácidos
tácitos, se espalham
Esbarrar é necessário
dançar não
se envolver no tecido
das emoções
perigoso
Lembre-se do breu
teu
onde sorrisos e carinhos
transformam o cego
em réu confesso
Bailamos todos!
Preencher os espaços sombrios
com passos tardios
coreografias, vazios sonoros
pés que se arrastam
colados com calçados ímpares
Nunca serão pares...
Até o momento
o sinistro está a contento
enquanto as trevas ocupam
os cômodos do teu âmago
choroso e triste
festeja migalhas
pois não há
luz
que faça tudo
ver, significar, clarear
a escuridão do lugar
Interruptor florescente
se faz presente
ao meu lado
mais ainda não posso
cometer esse ato:
o suicídio da escuridão
Há de ascender!

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