sexta-feira, 7 de junho de 2013

Coroa Emburrada

Sei do que não vejo
prefiro afirmar que sim.
As incertezas eu viro do avesso
pois é melhor assim.
Para mim, o mundo são favas contadas,
por histórias bem amarradas,
caminhando para o seu fim.
De que vale a clareza
de ter menos certeza?
De que valem as dúvidas
se há tantas verdades à mesa?
E não me venha esclarecer!
Sou rico de viver,
sei de tudo que há pra conhecer,
e não é agora,
perto de perecer,
que hei de voltar a viver.
Sou senhor de minha muralha.
Rei de uma fortaleza intacta.
Não há de me convencer!
Já é tarde demais para sonhar,
ou o rumo do mundo (tentar) mudar.
É chagada a hora de calar
mas sem antes constatar
com um surrado coração que diz:
'A vida foi boa, meu caro
fui triste mais sou feliz.'

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