segunda-feira, 3 de setembro de 2018

(p) Assado em Ceia de Pão Duro

A mente avoada de quem lamenta
perde-se no mundo escuro de tormentas
É na crise de sentido
que o prumo faz tanta falta
quanto o afago de um primo
Tudo é cinza!
O pai, o filho e o espirito manco...
Recém banhado em chamas históricas
o 'sem-futuro', suas mágoas mal cheirosas
dessas que inundam lençóis tarde da noite
Olhando pela janela verde de cortinas brancas
é possível avistar
um muro de concreto
onde o horizonte deveria despontar
Como se fosse prego em vez de flor
quando deveria beijar, a vida, martelo
e não há dedo pra dividir a dor
Como se fabrica sentido depois de tanto tempo?
tais linhas, não serão elas a resposta!
são sopro, sussurro, desassossego
um antigo abrigo abandonado, as palavras...
chegamos a tal ponto,
ora vejam esse apelo,
findas as balas, sobra o apego
às memórias e hábitos do Passado
velho companheiro que faz sombra até em dia de chuva
seria bom se esse pudesse alavancar
um salto pro lado de lá daquele muro
tornando possível cair de baque surdo
no chão frio do futuro
mas o velho é fraco
como o coração de quem apela
à um talento opaco
para uma questão tão singela...


🎵Está faltando uma coisa em mim...🎵

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