domingo, 25 de março de 2012

Estalando os Dedos

Hoje encontrei com o homem mais triste do mundo.
Entre muitas exclamações, conversamos animadamente.
Seus olhos eram os de um menino com uma caixa de lápis de cor sem ponta nem apontador.
Me confidenciou amores inalcançaveis e como era bom em findar angústias com drogas pesadas.
Passeamos entre nuvens brancas em céu azul.
No fim do passeio, e da conversa, após me explicar como foi feia a sua briga com a esperança, ele me diz um segredo que divido com vocês à revelia de sua vontade:
"Caro irmão, sabe quando sou o homem mais triste?"
e com um largo sorriso completou
"Quando ouço bom Jazz!"

Numeral Alegórico de Silêncio Prolongado

Ser eu não sei, eis a questão
Num posto simples de imconpetência,
um guarda noturno esperando o sinal
que não vem...
Desastrado causador de impropérios
desventuras e angústias
sempre insolúveis
Durmo o sono dos justos
que pisam a cada dia essa terra
de baixo pra cima
e além dela
Solidão em meio a multidão
Individualidade enrijecida
Um devorador de egos, carnavalesco da tristeza
Máquina voraz que produz
infinitas gotas de lágrimas por segundo
que ajudam a semear sorrisos ao longo da via
Vida, doce, Vida
me diz, minha linda
onde é o final da tua linha
pra dela fazer rabiola
colorir meu céu
mesmo que só até a aurora
dos fim dos tempos
meus, seus
mas até lá
simbora...
- Crash -
Aproveitando incejoso movimento
alego inocência antes de abrir falência
Que tudo fique bem claro
não sou afeito a lições baratas
porém, antes que tarde fique e escureça lá fora
há que se convir
na atual conjuntura dos fatos
excluindo-se os patos tranquilos em suas lagoas
eu sou apenas um
magro, novo, elástico
navegante primeiro dos mares de meu corpo
primeira locação
com vista para o mar de cores e realidades congruentes
já semi novo, admito
bem menos inocente, cheio de marca de tombos
sem atrativos aparentes, pouca beleza e muito móveis velhos
em meu interior
espaçoso e frio como o entardecer do Outono
Um péssimo negócio, o melhor que se pode encontrar
em dias tão nebolosos
em que a Luz tarda a brilhar.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Perigas Piegas

Paralelas tortas
se encontram no infinito?
Divides vida com ontrém
mediado por fina parede de vidro
Do lado de cá
o lado de lá parece límpido
Do lado de lá
do lado de cá parace vinho
Entorpecendo olhares
avançando aos pouquinhos
Até que o vidro se quebra
a parede revela
o que pensou baixinho
Dois lados de diferentes moedas
tem o mesmo valor
O abraço recepciona
mais uma história de amor!

domingo, 18 de março de 2012

Drama Morfético

Da vontade de nada ser
os minutos seguintes precedem
Outra vez vazio de serventia
Permita-me dizer muitas sandices
inumeras formas vacilantes ocupam as paredes
de salas com iluminação parca
Esses momentos bruxuleantes são constantes
velas, luz vacilante
Altares egóicos adornados ricamente
Fato costumaz de pretéritos imperfeitos
Até quando formar mentirosos bachareis
de conhecimentos mundanos porém férteis
de significações elevadiças e totalmente valorosas?
Um desperdício de talento!
Mais fácil seria reunir a galera em torno de um tambor
pedir a todos que arranquem seus instintos pela cabeça
e girem sem parar.
A ciranda que um dia já foi pra dançar
hoje te faz tremer de tanto controlar
Eis o cíclo da vida que te apresento de dentes arregalados
e de olhos cerrados...

Nem sente dor...

Da noite fria e curta pula um pecevejo
Perseverante em sua luta, desfruta
de imaginário mundo de faz de conta
Um mar verde que de negro se veste
contra toda peste ele mergulha fundo
Entre cobras e grilos falantes
cantantes cigarras, iluminação pública de vagalumes
Sabendo pouco sobre o aqui fora
selvagens pedras se erguem acima de sua mente
nem sente o crescer do maior dos seus predadores
e de seus amigos e inimigos
A noite se afunda com toda sua pulgência
e o pecevejo persevera
contando cada vez menos com sua vida certa
e curta
inserido na fauna pura e na flora exuberante
nem mais espera pelo instante final
em que o perfume da sua eternidade
vira o fedor que nessa Terra perdura...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Foi Onte

Dia da poesia...
passei em branco
pura prè(in)guiça
injustiça?
Na armadilha pisa
o 10x - A ->visado
tradição tra ou hindús
um pokin Diego
Trartú tu mermo
pa fora
e
apaVrOA!

segunda-feira, 12 de março de 2012

Confesso Novos Horizontes

Da simplicidade ao movimento
As transformaçoes escorrem pelas gotas da transpiração
necessária para conquistas incríveis ou fracassos categóricos.
Nisso tudo tem você e eu.
As pilhas de vantagens em ser um mano quieto na sua voracidade em percorrer espaços vazios de sentido dão incentivo e misturam olho de cozinha a momentos inesquecíveis de pura paixão líquida.
Os espertos que me perdoem, mas deixar ser pão duro no pensar é qualidade rara entre os terráquios de hoje.
Palavras de talento raro, quase indelével, mesmo que isso não signifique muita coisa ou tenha a mesma correção significativa de um Aurélio, não o Miguel, novinho em folhas pardas, se perdem embriagadas pelo sucesso de serem lidas, assimiladas e aviltadas pela interpretação tosca de um alguém vil, sem economia de preconceitos academicistas, que tudo sabe mas nada vê.
Torço pra que um dia placas de pensamento provoquem terremotos nas américas, rachando a terra(e a cara) de baixo dos pés frios dos zumbis tecnomidiáticos.
Com o perdão da palavra pura e a honestidade do político polido, dispeço um trago da vida por uma carreira de alta voltagem de misticismo metafisico do entretenimento interativo.
Sem mais...