quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Derivativos Instantâneos de Alegre Pessimismo

Tão virulento como pão que assa ao Sol
Mordo as lentes dos olhos que me cegam
Manchas de sangue pelo assoalho
brotos ígneos fervem
nas esquinas acho atalhos
Suor seco na pele
no pelo o perigo de morte
Cada bastão de cigarro aceso
brilha um dia a menos
nos pequenos suspiros de vida
Lá fora a rua
a Lua
avua
Solstícios e Equinócios
Éguas e ócios
Ossos do orifício
Machina lenta
Músculo feroz
Subo o rio
acho a foz
Fogo no livro
Vida em nós
Jardineiro arando terra seca, infrutífera que semeia esperança
Não quero saber o que há na França
Porteiro ameniza solidão alheia
fofocando até meia noite e meia
No espelho uma mancha negra
de quem foi sem ter ido, saudou sem elegância e
de tanto ter pressa
voou deixando pra traz a aliança
Move teu mundo, Cartola
deixa o moinho pra lá
Se tuas rosas falassem
te deixariam à boca sem ter o que cantar!

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