sexta-feira, 4 de abril de 2014

À beira do Abismo o Relógio não marca Meia-Noite

Perdi o tom
o trem
e um tombo
O tempo é precioso
e corta
enforca
não me nota
Em cima de muro solto
pipa
salto
agulha
morro
de prazeres
Tanto lá como cá
aqui ou ali
desfilo
carne viva
na alça de mira
no fio da lâmina
desço da nuvem
são dois os gumes
Lucidez importante pra tantos
me falta nesse mergulho
a prateleira é vazia
nada na bolsa de mercado
futuro
há quem pertence
há imaculada razão
há de haver noção
entre o mim e ti
ou senhor que é conosco
de nome composto
como o vidro que me cobre
o rosto nesse poço
de vergonha
água e sal

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