quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Fortaleça Fraca Fortaleza

Sou meu rei destronado, desmoronou o meu reinado
as fadas pararam de brilhar como antes
bardos perderam suas espadas cantantes
e o bosque encantado, outrora florido, está seco e acabado
Por onde o olho vagueia se veem destroços,
cacos de risadas alegres e ruínas de amores mal terminados
tudo pela metade, essa é a nova realidade desse campo minado
angústias espalhadas pelo solo, sonhos de carne roída até os ossos
As muralhas, intactas, preservam o nada que restou
catapultas, balistas e bestas, e a pira ainda acesa
mostrando que houve resistência, violência à milanesa
até o último instante (orgulho!) soube infligir dor em quem ali perto passou
Na solidão, chuto os(meus ou eus?) pedaços pelo chão
lembro de como foi bom sonhar que aquilo ia durar
e recordo com pesar que sempre soube nada adiantar
tentar conter a pressão que o outro, exército, exerce contra os muro da minha ilusão-coração.

Nenhum comentário:

Postar um comentário