domingo, 20 de março de 2011

Nave Mãe

Oh, nave minha
Tão cheia de força
em meio a tanta fraqueza
Dedos que abraçam
Pernas que servem
Cadê meu peito?
No alto da sabedoria
sentei
e vi o pior
Tudo escurece gritando
ajuda!!!
Não vou sair daqui
até que chegue o fim
do mesmo dia que nasci
Escuto o som
toco a tecla
morro de amor
transo até dizer chega
Mas quem diz é ele
via por onde trafego
sem rumo e sem paralelepipedos
que me segurem
Fumaça, neurônios mortos
saúdo a saudade da saúde
Sabendo, sobre tudo, dos sabores
Meus dedos falham
minha cabeça dorme
Meu templo trabalha...
Jorro o sangue da minha veia
na cara de quem apodrece
Rompe a plascenta que te cobre o rosto
e vem pra selva
Só aqui os fortes sobrevivem
e os sábios curtem.
Deixo estar sem ficar
de fora
mas o medo
som deplorável
um dia chega e te devora
templo meu, de mim, pra Eu...

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