domingo, 20 de março de 2011

Truque barato

Quer um trago?
Não, obrigado
A vida urge
Nem mais um gole?
Do ventre que te fez gente
surge luz
Tramas coloridas
Receptividade programada
Atroz vontade de dizer
CHEGA!
Topo a indecisão
Trafego por pontos disformes
Jura que é vinte e três?
Qual o dia da semana?
Nunca fiz mal
a ninguém
que perguntou a hora certa
Fala que vai voltar
aquele desejo de ver tudo
Juro que faz falta
Nunca pinte um elefante de marrom
ele tromba
Trucida o mal da alma
e vem junto
Navega no piche que te sustenta
xinga a mãe que te amamenta
Jura por tudo
Vem e se faça
melhor
isso só amanhã
Me da trêz vezes a mesma bala
Fragmenta meu peito em nome
de outrém
Whats up, preto?
Tua cor fala em mim
Ser indisposto impele gritar
é o mesmo que trafegar em arco-iris de sangue
Gás feroz
falemos da foz
do rio que vós
sois imagem
de verbo intransitivo
que conjuga o ser
vente
do ventre maligno
Ouve!
Esse é o som do disparate!

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