terça-feira, 8 de novembro de 2011

Travessuras e Travesseiros

Louca boca perpassa cantos tão obscuros que usa a língua pra ajudar
a entender, a falar, a beijar e a desfigurar
Morta de curiosidade ela continua
Tropeça em faíscas hedonistas, em zonas que de tão quentes chama erógena
A princípio é levada, sem se ligar, já entra no jogo
Derrama carinhos incompreensíveis e se zanga
que venham os dentes
Ai, a raiva, a força
Morde, assopra, lambe, seduz
O trio segue inseparável rumo as alegrias momentaneas
em segundos você já os confunde, são um só
chupam com vigor, beijam com fervor
te provocam
Não basta querer, tem que fazer merecer
os lábios quentes da boca semi serrada
a língua e seus movimentos hipnotizantes
os dentes e sua firmeza na medida certa
Tu se derrete!
Pede mais!
Implora!
Eles não param, são exploradores do íntimo de quem os aguarda
de braços e pernas abertas
Já está mais sério e você não se controla
Um vento sopra teu ouvido e em seguida um tufão cresce em você
se contorce, faz forte, dança em brasas, lacrimeja gargalhadas
a boca beija
a língua lambe
o dente morde
devagar
carinhosamente
fazendo durar o sublime
um infinito de poucos minutos
E no fim
os três se juntam, desgrudam, sobem
sussurram
Quero mais!

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