sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Lânguido Vertical

Reverências exclusivas às gargalhadas mais leves.
O humor deve ser pleno na sua simplicidade. Rebuscado só na competência de fazer-se confortável porto seguro de agitos carentes de descanso.
Prezo pelo sorriso escancarado, que deve ser o mesmo diante de um pôr do sol na praia ou de um olhar ébrio, às 3 da manhã em uma calçada qualquer da vida.
O tom de voz deve ser acompanhado de um vestido despojado, adereços fartos espalhados cuidadosamente por pulsos, dedos e tornozelos. Nada que chame mais atenção que o conjunto da obra, nem seios volumosos ou risadas escandalosas.
Saber se posicionar estrategicamente é uma qualidade admirável. Assuntos divertidos, olhares furtivos, dançar no meio do salão como se ninguém estivesse olhando. O espírito mostra as asas nos singelos detalhes das mãos acariciando o ar, no jeito de segurar o copo pela borda para não esquentar a bebida ou naquela sumida que só se percebe quando volta com uma gelada na mão quando ninguém espera.
Não há carência de cobrança. Vento bom é brisa. O desenrolar-se dos afetos dão-se com tranquilidade, como a de uma tecelã que, paciente e precisa, não tira da velocidade sua arte. Apenas tece, sem pressa, o mais belo que o agora lhe inspira a proporcionar. Mistura cores com amores, trança os sentimentos com precisão cirúrgica pacientemente. Há que se respeitar os movimentos dos desejos. Sem pressa e sem preguiça.
Quem há de querer o bem pratica-o sem pudor, enxugando o restinho de catchup no canto da boca do outro, confiando na sua confiança sem si, tendo fé em qualquer investida conjunta de prazer, seja ela uma festa chata ou uma exposição do CCBB.
Tento abraçar o máximo de potências e potenciais. Gente leve me faz flutuar em nuvens de novos sonhos. O amor brilha mais nos outros através dos meus olhos.
Gente que me proporciona devaneios apaixonados no meio da noite, obrigado.
Meu Amor é todo seu!

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