Um idiota sentimental veste seu avental e pica a mula.
Astuta, a mula inventa história. É tudo lorota.
Mas o povo acredita, e cai na mentira.
O idiota, de faca na mão, pensa sua situação.
"Tô fodido, meu irmão!"
Como provar inocência, perante sua sentença
já executada pelo povo? Encheram-no de ovo.
Foi então que o idiota sentimental,
desprovido de um real,
arruma bela solução.
"Que se foda o povão! Eu quero é meu quinhão
de dignidade roubada."
Subiu no alto de uma escada, e gritou para o nada:
"Todo mundo aqui julgou, mas quem aí nunca pecou?
Dê-me a primeira pedrada!"
Eis que o silêncio se fez ouvir, até por quem não estava ali.
Até que a menina Entusiasmada, que tinha uma mira calibrada,
pegou do chão um taco e acertou o coitado bem no saco.
O povo todo riu, e em seguida aplaudiu
quando viram a mula passar.
Festejada por quem estava presente, ela era toda sorridente
sabia o que tinha ido armar.
"Idiota, seu tolo, não conhece bem o povo?
Eles gostam é de fofocar.
Esteja certo ou errado, bonito ou feio no retrato
vai sofrer por se importar.
Desça já daí, e pare de dar pití,
se não eu é que vou ter que te apedrejar."
O idiota desce os lances resoluto, soltando um monte de 'soluço'
sem saber o que fazer. ("Eu vou me escafeder")
"Mas o que levar disso tudo?" Ele não via mais futuro.
Apesar de não ser difícil perceber, ora veja você.
"A opinião do outro pouco importa quando a história já é morta.
Segue o caminho tropeçando, mesmo que dure só um ano."
E o idiota seguiu em frente,
bem capenga, certamente,
mas com vontade de sorrir.
Hoje ele escreve linhas de amor,
transforma em verso cada dor
que planta atrás de si.
Coberto de certeza
de que o mundo não é moleza
e um dia...
"...alguém vai saber o que eu senti."
sexta-feira, 25 de abril de 2014
terça-feira, 22 de abril de 2014
[NO] Você está pensando?
Esse é mais um post de desabafo
Esse também pode ser um post demonstrando carência
Esse post definitivamente é extremista
Esse é um post recalcado
Esse post conta como o show foi bom
Esse post é um pouco intransigente
Esse pode ser um post polêmico
Esse post é irônico
Esse post é um chilique
Esse é um post revoltado
Esse post dá feliz aniversário
Esse post é bem preconceituoso
Esse post é contra a misoginia
Esse post enfatiza o racismo
Esse é um post conformado
Esse é daqueles posts bem engraçados
Esse poderia ser um post sensato
Esse é do tipo de post blasé
Esse post reproduz notícia velha
Esse post é contra tudo
Esse é um post dos mais infantis
Esse post é uma corrente
Esse post revela muita frustração
Esse post fala de comida
Esse post promove uma religião
Esse é um post cheio de ódio
Esse é do tipo de post que resolve todos os problemas
Esse post é mentiroso
Esse post foi uma indireta?
Esse post é um poste
Esse post quer aparecer
Esse é um post que traduz a solidão
Esse post é um convite
Esse post é uma poesia
Esse post tem link quebrado
Esse demonstra ser um post interessante
Esse é outro post que protesta
Esse post é acusador
Esse post é hipócrita
Esse post merece comentário
Esse post é uma denúncia
Esse post promove o estupro
Esse é um post feminista
Esse post odeia pobre
Esse post justifica a homofobia
Esse post indica um bom livro
Esse post implora tolerância
Esse é um post de viés liberal
Esse post é contra o PT
Esse é um post sobre pesquisas que apontam...
Esse seria um post legal
Esse post só fala merda
Esse post tem erros gramaticais
Esse post concorda com você
Esse é um jeito diferente de postar
Esse é um post pós, neo, trans, ultra...
Esse post revela sua ignorância
Esse post expõe minha fraqueza
Esse é o post mais burro
Esse post me lembra a infância
Esse post aponta para o futuro
Esse post provoca nojo
Esse é um post ignorante
Esse post é um spoiler
Esse post foi mal formulado
Esse post prevê o fim do mundo
Esse post é triste
Esse é o ultimo post
Esse post não significa nada
Esse post é fruto do vazio
Esse post sou eu
Esse post é você
Esse post é uma bosta
Esse post não é...
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sexta-feira, 4 de abril de 2014
À beira do Abismo o Relógio não marca Meia-Noite
Perdi o tom
o trem
e um tombo
O tempo é precioso
e corta
enforca
não me nota
Em cima de muro solto
pipa
salto
agulha
morro
de prazeres
Tanto lá como cá
aqui ou ali
desfilo
carne viva
na alça de mira
no fio da lâmina
desço da nuvem
são dois os gumes
Lucidez importante pra tantos
me falta nesse mergulho
a prateleira é vazia
nada na bolsa de mercado
futuro
há quem pertence
há imaculada razão
há de haver noção
entre o mim e ti
ou senhor que é conosco
de nome composto
como o vidro que me cobre
o rosto nesse poço
de vergonha
água e sal
o trem
e um tombo
O tempo é precioso
e corta
enforca
não me nota
Em cima de muro solto
pipa
salto
agulha
morro
de prazeres
Tanto lá como cá
aqui ou ali
desfilo
carne viva
na alça de mira
no fio da lâmina
desço da nuvem
são dois os gumes
Lucidez importante pra tantos
me falta nesse mergulho
a prateleira é vazia
nada na bolsa de mercado
futuro
há quem pertence
há imaculada razão
há de haver noção
entre o mim e ti
ou senhor que é conosco
de nome composto
como o vidro que me cobre
o rosto nesse poço
de vergonha
água e sal
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Fortaleça Fraca Fortaleza
Sou meu rei destronado, desmoronou o meu reinado
as fadas pararam de brilhar como antes
bardos perderam suas espadas cantantes
e o bosque encantado, outrora florido, está seco e acabado
Por onde o olho vagueia se veem destroços,
cacos de risadas alegres e ruínas de amores mal terminados
tudo pela metade, essa é a nova realidade desse campo minado
angústias espalhadas pelo solo, sonhos de carne roída até os ossos
As muralhas, intactas, preservam o nada que restou
catapultas, balistas e bestas, e a pira ainda acesa
mostrando que houve resistência, violência à milanesa
até o último instante (orgulho!) soube infligir dor em quem ali perto passou
Na solidão, chuto os(meus ou eus?) pedaços pelo chão
lembro de como foi bom sonhar que aquilo ia durar
e recordo com pesar que sempre soube nada adiantar
tentar conter a pressão que o outro, exército, exerce contra os muro da minha ilusão-coração.
as fadas pararam de brilhar como antes
bardos perderam suas espadas cantantes
e o bosque encantado, outrora florido, está seco e acabado
Por onde o olho vagueia se veem destroços,
cacos de risadas alegres e ruínas de amores mal terminados
tudo pela metade, essa é a nova realidade desse campo minado
angústias espalhadas pelo solo, sonhos de carne roída até os ossos
As muralhas, intactas, preservam o nada que restou
catapultas, balistas e bestas, e a pira ainda acesa
mostrando que houve resistência, violência à milanesa
até o último instante (orgulho!) soube infligir dor em quem ali perto passou
Na solidão, chuto os(meus ou eus?) pedaços pelo chão
lembro de como foi bom sonhar que aquilo ia durar
e recordo com pesar que sempre soube nada adiantar
tentar conter a pressão que o outro, exército, exerce contra os muro da minha ilusão-coração.
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Revoada dos Passos
Acrescento um molho diferente e vejo por mais tempo
com esse colírio em forma de nuvens conta-gotas
Deslizam em mim as sedosas mãos da vida
por todas essas vias brotam fungos de saber profundo
Horizonte recém descoberto, jogo pro alto o (tido como) tudo
de palmas estendidas, abraço novos ares cerrando nada nas mãos
Nada me espera, e eu não espero nada
de mim muito menos, eu sou o caminho trilhado!
No lombo de uma águia voo por terras de nanquim
passeio ao lado de pinceladas que não conhecem o fim
Quadros enormes de paisagens formadas por braços
pernas e corações.
Meus poros respiram essa tinta fresca de gente (e gerações)
viciada em sentir e sentir-se
só
,amada ou o que importar mais
Menor é o impulso de tentar entender o vulto onde tudo
encontra o nada e resulta em algo mais vago ainda.
O importante é a imensidão do que faz a vida um tesão!
Jornada iniciada e sem motivos para parar, volto sem nunca sair
fujo, sem ter o que temer
chego, sem lugar para ficar
corro, sem pressa de alcançar
vivo, só por teimosia de ser feliz!
com esse colírio em forma de nuvens conta-gotas
Deslizam em mim as sedosas mãos da vida
por todas essas vias brotam fungos de saber profundo
Horizonte recém descoberto, jogo pro alto o (tido como) tudo
de palmas estendidas, abraço novos ares cerrando nada nas mãos
Nada me espera, e eu não espero nada
de mim muito menos, eu sou o caminho trilhado!
No lombo de uma águia voo por terras de nanquim
passeio ao lado de pinceladas que não conhecem o fim
Quadros enormes de paisagens formadas por braços
pernas e corações.
Meus poros respiram essa tinta fresca de gente (e gerações)
viciada em sentir e sentir-se
só
,amada ou o que importar mais
Menor é o impulso de tentar entender o vulto onde tudo
encontra o nada e resulta em algo mais vago ainda.
O importante é a imensidão do que faz a vida um tesão!
Jornada iniciada e sem motivos para parar, volto sem nunca sair
fujo, sem ter o que temer
chego, sem lugar para ficar
corro, sem pressa de alcançar
vivo, só por teimosia de ser feliz!
Dedicatória Numero Dois
"a pesar dos espaços limitados
das curvas acentuadas
dos inícios sem fim
e das palavras não ditas
eu amo vc
descrevo em versos a importância da sua luz na minha vida
sinceras e imprecisas, as palavras saem
alçam voos
pinceladas de um gesto do coração
como ele, e tudo em mim, sou pouco
falho, cometo erros
e não paro, até o fim
e enquanto pulsar, vou te amar
quero guardar aqui toda essa intensidade
que vira arte apenas por instantes
dela faço suporte para materializar
a inexplicável beleza de um sentimento sem fronteiras
início
meio
e fim
apenas certeza é o que me motiva
e é ela que deposito em suas mãos
para que sempre lembre
ao olhar dentro de mim
por essa fechadura versada
que eu Amo sim
vc
do início
pelo meio
e, juntos,
até o fim!"
das curvas acentuadas
dos inícios sem fim
e das palavras não ditas
eu amo vc
descrevo em versos a importância da sua luz na minha vida
sinceras e imprecisas, as palavras saem
alçam voos
pinceladas de um gesto do coração
como ele, e tudo em mim, sou pouco
falho, cometo erros
e não paro, até o fim
e enquanto pulsar, vou te amar
quero guardar aqui toda essa intensidade
que vira arte apenas por instantes
dela faço suporte para materializar
a inexplicável beleza de um sentimento sem fronteiras
início
meio
e fim
apenas certeza é o que me motiva
e é ela que deposito em suas mãos
para que sempre lembre
ao olhar dentro de mim
por essa fechadura versada
que eu Amo sim
vc
do início
pelo meio
e, juntos,
até o fim!"
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Lânguido Vertical
Reverências exclusivas às gargalhadas mais leves.
O humor deve ser pleno na sua simplicidade. Rebuscado só na competência de fazer-se confortável porto seguro de agitos carentes de descanso.
Prezo pelo sorriso escancarado, que deve ser o mesmo diante de um pôr do sol na praia ou de um olhar ébrio, às 3 da manhã em uma calçada qualquer da vida.
O tom de voz deve ser acompanhado de um vestido despojado, adereços fartos espalhados cuidadosamente por pulsos, dedos e tornozelos. Nada que chame mais atenção que o conjunto da obra, nem seios volumosos ou risadas escandalosas.
Saber se posicionar estrategicamente é uma qualidade admirável. Assuntos divertidos, olhares furtivos, dançar no meio do salão como se ninguém estivesse olhando. O espírito mostra as asas nos singelos detalhes das mãos acariciando o ar, no jeito de segurar o copo pela borda para não esquentar a bebida ou naquela sumida que só se percebe quando volta com uma gelada na mão quando ninguém espera.
Não há carência de cobrança. Vento bom é brisa. O desenrolar-se dos afetos dão-se com tranquilidade, como a de uma tecelã que, paciente e precisa, não tira da velocidade sua arte. Apenas tece, sem pressa, o mais belo que o agora lhe inspira a proporcionar. Mistura cores com amores, trança os sentimentos com precisão cirúrgica pacientemente. Há que se respeitar os movimentos dos desejos. Sem pressa e sem preguiça.
Quem há de querer o bem pratica-o sem pudor, enxugando o restinho de catchup no canto da boca do outro, confiando na sua confiança sem si, tendo fé em qualquer investida conjunta de prazer, seja ela uma festa chata ou uma exposição do CCBB.
Tento abraçar o máximo de potências e potenciais. Gente leve me faz flutuar em nuvens de novos sonhos. O amor brilha mais nos outros através dos meus olhos.
Gente que me proporciona devaneios apaixonados no meio da noite, obrigado.
Meu Amor é todo seu!
O humor deve ser pleno na sua simplicidade. Rebuscado só na competência de fazer-se confortável porto seguro de agitos carentes de descanso.
Prezo pelo sorriso escancarado, que deve ser o mesmo diante de um pôr do sol na praia ou de um olhar ébrio, às 3 da manhã em uma calçada qualquer da vida.
O tom de voz deve ser acompanhado de um vestido despojado, adereços fartos espalhados cuidadosamente por pulsos, dedos e tornozelos. Nada que chame mais atenção que o conjunto da obra, nem seios volumosos ou risadas escandalosas.
Saber se posicionar estrategicamente é uma qualidade admirável. Assuntos divertidos, olhares furtivos, dançar no meio do salão como se ninguém estivesse olhando. O espírito mostra as asas nos singelos detalhes das mãos acariciando o ar, no jeito de segurar o copo pela borda para não esquentar a bebida ou naquela sumida que só se percebe quando volta com uma gelada na mão quando ninguém espera.
Não há carência de cobrança. Vento bom é brisa. O desenrolar-se dos afetos dão-se com tranquilidade, como a de uma tecelã que, paciente e precisa, não tira da velocidade sua arte. Apenas tece, sem pressa, o mais belo que o agora lhe inspira a proporcionar. Mistura cores com amores, trança os sentimentos com precisão cirúrgica pacientemente. Há que se respeitar os movimentos dos desejos. Sem pressa e sem preguiça.
Quem há de querer o bem pratica-o sem pudor, enxugando o restinho de catchup no canto da boca do outro, confiando na sua confiança sem si, tendo fé em qualquer investida conjunta de prazer, seja ela uma festa chata ou uma exposição do CCBB.
Tento abraçar o máximo de potências e potenciais. Gente leve me faz flutuar em nuvens de novos sonhos. O amor brilha mais nos outros através dos meus olhos.
Gente que me proporciona devaneios apaixonados no meio da noite, obrigado.
Meu Amor é todo seu!
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